| 21/05/2008 13h17min
O Inter está "treinando" seus jogadores para se adaptar ao rigor da arbitragem e diminuir o número de cartões amarelos e vermelhos do time. Isso não quer dizer que todos no Beira-Rio concordem com os critérios usados no país, muito diferentes dos que são empregados nas partidas internacionais. No Brasil, os árbitros marcam falta em lances de contato físico considerados absolutamente normais na Europa e no restante da América Latina. É visível a diferença entre uma partida do Brasileirão e uma da Libertadores.
Em entrevista após o treino da manhã desta quarta, o capitão Fernandão demonstrou seu descontentamento em relação a isso.
— Os árbitros brasileiros são muito bons, só que às vezes têm muito medo e inventam situações. A média de faltas no Brasil é de 40, mas se você vai ver as faltas, elas são assim: o jogador encosta o ombro, cai, é falta — reclama.
O jogador deu vários exemplos de lances que, segundo ele, não deveriam ser interpretados como
falta nos últimos jogos do Inter:
— Sem querer justificar, a falta no Carlinhos Bala, do Sport (lance que originou o gol da desclassificação do Inter da Copa do Brasil), o Guina chegou e colocou o corpo: falta. No jogo do Palmeiras, tocaram mil vezes de ombro a ombro: falta. Pô, é muita faltinha! Quando eu tomei o cartão amarelo neste jogo, eu nem tinha tocado no jogadores deles: falta (Fernandão tomou o cartão após reclamar do lance).
Para resolver o problema, Fernandão terminou seu desabafo com uma sugestão aos árbitros brasileiros:
— Eles tinham que pegar todo mundo e botar em uma sala de vídeo para assistir Manchester e Chelsea, hoje.
Para Fernandão, os árbitros são bons, mas "às vezes têm muito medo"
Foto:
Alexandre Lops, Divulgação
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