Um torneio triangular definirá nesta terça-feira em Osaka a dupla brasileira que passará ao qualifying em busca de uma vaga na chave principal do Aberto do Japão, quarta etapa do circuito mundial feminino de vôlei de praia. Na primeira partida, Leila e Sandra Pires enfrentam Agatha e Shaylyn. As vencedoras, então, decidem contra Maria Clara e Carolina, que entram direto na segunda rodada por ocupar a condição de número 1 no ranking do qualy.

As irmãs cariocas são favoritas. Em Adelaide (Austrália) e Seul (Coréia do Sul), superaram as veteranas Leila e Sandra Pires, equipe formada no início da temporada. Diante de Agatha e Shaylyn, que não passaram do primeiro jogo em Seul, o retrospecto considera apenas o circuito brasileiro, no qual ganharam os três encontros de 2008. O torneio de Osaka pode representar a reabilitação de Maria Clara e Carolina, que na semana passada caíram no qualy com a derrota para as mexicanas Mayra Garcia e Bibiana Candelas.

Maria Clara e Carolina chegaram domingo ao Japão e iniciaram imediatamente a preparação, vencendo a dupla belga Van Breedan e Moha em jogo-treino.

– O nível do circuito mundial está cada vez mais elevado. Até algum tempo atrás, era mais fácil passar pelo country quota. Hoje, as jogadoras estão muito altas, algumas são gigantescas. Um 1m80cm é pouco. Atletas com mais de 1m90cm já é algo normal. E há pelo menos 15 equipes em condições de ganhar torneios – avaliou Maria Clara.

Na opinião de capitã da dupla, as dificuldades vêm aumentando inclusive para os times brasileiros pré-classificados entre as 24 com acesso direto ao grupo de elite.

– Renata e Talita venceram por 2 a 1 em Xangai de uma dupla italiana que nunca opôs muita resistência; ganharam de 2 a 1 das austríacas, mas quase perderam de 2 a 0. No último fim de semana, Juliana e Larissa foram batidas duas vezes, o que raras vezes aconteceu no circuito mundial. No Brasil, apenas três duplas conseguem roubar um set delas ou vencê-las – lembrou.