| 24/04/2008 05h42min
O sonho de Andrezinho virou realidade duas vezes. Na verdade, quase três. O meia fez dois gols e deu passe para outro nesta quarta-feira. Na véspera do jogo, ele havia revelado que sonhara com seu primeiro pelo Inter.
— Não sei explicar. Era uma convicção que tinha de que hoje ia marcar — revelou.
O jogo começou para Andrezinho ainda na noite anterior, na concentração no Hotel Millenium Flat. Ele e Magrão viram o Boca fazer 3 a 0 no Maracaibo e garantir a vaga nas oitavas-de-final da Libertadores no saldo de gols. Conforme viam os gols argentinos saírem enquanto a Bombonera rugia, comentavam:
— Amanhã (ontem) terá que ser assim.
Andrezinho pressentiu o sucesso ainda no aquecimento. Confessou que espiou o semblante de cada um dos companheiros e se fortaleceu ao não perceber desconfiança em nenhum. E logo depois da preleção de Abel Braga, viria o fato que lhe chamou mais atenção. Alguns jogadores (ele não se lembra quais)
pediram para entrar em campo com o uniforme branco.
Fernandão reuniu o grupo e perguntou quem concordava com a idéia. À distância, o meia observava as opiniões surgirem. Até que o capitão avisou:
— Olha, foi com essa camisa branca que a gente ganhou tudo. Está acostumada a ganhar títulos. Temos que classificar.
Foi assim, com esse pacto, que todos entraram em campo. Andrezinho personificou esse sentimento não apenas pelos gols marcados, mas também pela entrega. No final, com cãibras, inspirou-se em Guiñazu. Sabia que o argentino não deixaria o campo por causa das dores. Por isso, dedicou a vitória a ele ao final. Uma vitória em que Andrezinho virou Andrezão.
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