Talvez nem quando a intenção era confundir tenha sido tão difícil armar o time. Guiñazu pára 10 dias, no mínimo, devido a uma artroscopia na qual retirou parte do menisco do joelho direito rompido contra o Caxias, domingo. Alex é incógnita. Os médicos têm esperança de vê-lo amanhã contra o Paraná, pela Copa do Brasil, quando o Inter precisa de seus gols para reverter a derrota por 2 a 0, em Curitiba.

O problema é que o próprio Alex está pessimista:

— A dor quem sente sou eu.

Tudo dependerá da avaliação de hoje. Ontem, o tornozelo direito seguia inchado. O exame não mostrou nada grave, mas ele deixou o Beira-Rio mancando. Ao entrar na caminhonete Range Rover após a fisioterapia, ajeitou a perna na cabine com as mãos, após deixar o remédio antiinflamatório no painel. Se não tiver condições de manter o desempenho que lhe deu o status de principal jogador do Inter em 2008, prefere ficar fora:

— Estou sendo realista. Se eu acordar (hoje) de uma maneira diferente, pode mudar essa situação.

Guiñazu nem apareceu. Ontem pela manhã, tirou cerca de 40% do menisco direito. Deixou o hospital por volta das 16h e seguiu para casa em companhia da mulher e de um amigo. Hoje começa a corrida contra o tempo.

— Se não tiver nenhuma surpresa no quadro clínico, esperamos que ele esteja à disposição na segunda partida da decisão do Gauchão (dia 4 de maio, no Beira-Rio) — prevê Paulo Rabelo, diretor médico do Inter.

Enquanto isso, os prováveis substitutos treinavam. Vale lembrar: Edinho e Maycon se recuperam de hepatite. Ao lado do vice de futebol Giovani Luigi e do presidente Vitorio Piffero, Abel os observava com atenção. No 2 a 2 entre juniores e time dos que não jogaram ou entraram no segundo tempo domingo, Ji-Paraná se destacou. Acertou pelo menos um ótimo lançamento de pé esquerdo, numa inversão pelo alto, e se movimentou bem. Andrezinho não teve atuação tão boa, mas mostrou força.

— Treino forte há dois meses. Estou prontíssimo. Se precisar, agüento o jogo todo — avisa Ji-Paraná.