| 08/04/2008 09h36min
A polêmica envolvendo o revezamento da tocha olímpica está longe de terminar. Após manifestações na Grécia, Turquia, Rússia, Grã-Bretanha e França, o Comitê Olímpico Internacional (COI) acena com a possibilidade até mesmo de interromper o périplo. Uma reunião do Comitê Executivo do COI na próxima quinta-feira, em Pequim, vai discutir o assunto, mas os chineses já declararam sua oposição à mudança.
– Nenhuma violência pode parar o trajeto da tocha dos Jogos Olímpicos de Pequim – disse o porta-voz do comitê organizador da Olimpíada Sun Weide.
De acordo com o Globoesporte.com, o comitê olímpico já pediu à China por uma solução rápida e pacífica no Tibete. O próprio presidente Jacques Rogge discutiu o assunto em reunião com representantes da Associação de Comitês Olímpicos Nacionais (Anoc).
Vice-presidente do COI, a sueca Gunilla Lindberg acredita ser necessária uma completa revisão da questão. Já o vice-presidente da Comissão de Coordenação das Olimpíadas de Pequim, Kevan Gosper, espera que o itinerário não seja alterado.
– Acho que seria um erro tentar fazer algo mais do que fazer com que a tocha chegue até o seu último destino – diz ele.
A preferência de Gosper, porém, é que esses ajustes aconteçam apenas para 2012, nos Jogos de Londres. Segundo ele, o ideal seria que o percurso da tocha se limitasse apenas ao país organizador, como era no início dos Jogos da Era Moderna.
O revezamento da tocha olímpica vem sofrendo com os protestos pró-Tibete e em respeito aos direitos humanos na China. Centenas de pessoas já foram presas desde o início do percurso, em Antiga Olímpia, na Grécia. Na segunda, Paris teve uma das mais conturbadas passagens. A tocha foi apagada por várias vezes. O trajeto ainda foi encurtado, com o restante sendo feito de ônibus para evitar novas crises.
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