| 28/03/2008 11h43min
O dia do Joinville não poderia ser diferente: pesados ataques contra o árbitro João Fernando da Silva. Na derrota do JEC por 3 a 0 para o Avaí, quarta-feira, na Arena, o homem do apito se transformou em personagem principal. O pênalti marcado para o time da Capital e a expulsão de dois jogadores do tricolor ainda no primeiro tempo permanecem atravessados na garganta dos joinvilenses.
Em forma de protesto, o presidente do clube, Adelir Alves, enviou a Federação Catarinense de Futebol (FCF) um documento pedindo punição ao árbitro. A FCF recebeu dos tricolores uma fita de vídeo editada com imagens dos lances da partida. Ela serviria para mostrar que João Fernando utilizou critérios diferentes para os dois times na hora de distribuir os cartões.
Com 15 minutos de jogo, quatro jogadores do JEC, todos do sistema defensivo, estavam amarelados (Marcelo Ramos, Josemar, Pansera e Paulo Miranda). Aos jogadores, restou soltar o verbo.
— Ele debochava
da gente. Dizia que quem mandava era ele e
não poderíamos falar nada — lembrou o atacante Tiago Cavalcanti.
O jogador foi ainda mais longe.
— Isso pode doer no coração dos torcedores, mas o Joinville é um time pequeno. Não tem poder na Federação. Esses erros contra o nosso time aconteceram em vários outras partidas — disse.
Com prestígio ou não na Federação, as lamentações que partem da Arena parecem não comover os diretores da entidade. Para o presidente da Federação, Delfim Pádua Peixoto Filho, a atuação do árbitro da Silva não influenciou no resultado.
Em entrevista a uma rádio de Joinville, Delfim fez uma avaliação positiva da postura de João Fernando e disse apenas que faltou jogo de cintura no lance que resultou na expulsão do zagueiro Marcelo Ramos.
O presidente considerou correta a penalidade contra o Joinville, aos 10 minutos do primeiro tempo e o cartão vermelho ao zagueiro Josimar.
— Eu vi na televisão e foi pênalti
— afirmou.
Delfim adiantou que o árbitro prosseguirá no quadro
de arbitragem da FCF.
— Ele apita jogos das séries B e C do Brasileiro e está qualificado para apitar jogos no Estadual.
JEC alega que João Fernando utilizou critérios diferentes para os dois times na hora de distribuir os cartões
Foto:
Fabrizio Motta
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