| 26/03/2008 16h46min
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, telefonou nesta quarta-feira para o chefe de Estado chinês, Hu Jintao, para expressar sua preocupação com a repressão que está ocorrendo no Tibete, informou a Casa Branca.
Bush pediu ao governante chinês para participar em um "diálogo significativo" com o líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, e solicitou que se permita que diplomatas e jornalistas estrangeiros tenham acesso à região, indicou a Casa Branca.
O governo chinês anunciou que foram "entregues" à polícia mais de 660 participantes das revoltas do Tibete e províncias vizinhas, que poderiam ser sentenciados a penas de dez anos de reclusão até prisão perpétua ou mesmo pena de morte, segundo contempla o código penal chinês.
Um grupo de jornalistas estrangeiros de 19 veículos de comunicação chegou nesta quarta a Lhasa de Pequim, em uma viagem organizada pelas autoridades chinesas, confirmou o Ministério de Assuntos Exteriores da China.
Entenda a revolta do Tibete contra a China
É o primeiro grupo de repórteres que recebe permissão para entrar no Tibete para investigar os incidentes violentos de 14 de março em Lhasa, ainda não esclarecidos, já que a propaganda chinesa e a tibetana se contradizem na hora de descrever o ocorrido.
A China afirmou que massas violentas atacaram lojas, escolas e outros locais e mataram 18 civis e um policial, enquanto os tibetanos no exílio indicam que 140 pessoas morreram pela repressão policial de manifestações pacíficas.
Pequim acusou repetidamente o Dalai Lama de comandar os atos violentos, enquanto o líder religioso, prêmio Nobel da Paz em 1989, pediu o fim da violência por parte de todos os lados, mas também aproveitou para acusar a China de cometer um "genocídio cultural"
no Tibete.
Bush também solicitou que se permita que diplomatas e jornalistas estrangeiros tenham acesso à região, indicou a Casa Branca
Foto:
Brendan Smialowski, EFE
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