| 26/03/2008 09h42min
A maratona da tocha até os Jogos Olímpicos promete causar ainda mais polêmica. Nesta quarta, o Governo da Austrália anuniciou que não permitirá a entrada de tropas chinesas no país para proteger a tocha olímpica em sua passagem por Camberra no final de abril, segundo informou a rádio ABC.
Depois dos incidentes protagonizados na segunda-feira passada por ativistas pró-Tibete durante a cerimônia em que a tocha foi acesa na Grécia, Pequim pediu às autoridades australianas que o Exército Popular de Libertação da China pudesse se encarregar de proteger a chama.
O procurador-geral do Estado, Robert McClelland, disse desconhecer uma solicitação oficial chinesa nesse sentido, mas indicou que "em qualquer caso, a Austrália se encarrega da segurança em seu território". A comunidade tibetana na Austrália promete realizar um protesto na chegada da tocha, mas afirmou que a manifestação será pacífica, declarou seu líder em Canberra, Tsering Deki Tshoko.
O ministro de Relações Exteriores, Stephen Smith, assegurou que a Austrália se opõe a qualquer boicote contra a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos como forma de protesto pelo tratamento que a China está dando ao Tibete.
– Os Jogos são uma oportunidade para pôr a China no ponto de mira e para melhorar o compromisso do país com a comunidade internacional – afirmou o político.
O governo australiano manifestou a Pequim sua preocupação com a situação no Tibete, assim como seu convencimento de que o diálogo é a única solução. O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, um forte aliado da China e que domina o mandarim, deve fazer uma visita entre os dias 9 a 12 de abril ao país asiático, maior parceiro comercial da Austrália. Em sua visita à China, ele deverá se reunir com o presidente Hu Jintao e o premiê Wen Jiabao.
COM INFORMAÇÕES DO GLOBOESPORTE.COM
Manifestantes acendem tocha pela independência do Tibete em Dharmsala, na Índia
Foto:
Gurinder Osan, AP
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