| 23/03/2008 15h53min
O Dalai Lama, que prega a não violência e nega estar por trás dos levantes de 14 de março em Lhasa, novamente defendeu neste domingo que apóia o fato da China ser a sede desta edição dos Jogos Olímpicos.
— Eu quero dizer que os Jogos... Tendo lugar em Pequim... De forma que mais de 1 bilhão de seres humanos, chineses, vão se sentir orgulhosos — disse o Dalai Lama à margem de uma sessão de orações budistas em Nova Délhi (Índia), onde vive no exílio.
Também neste domingo, a China elevou o total de mortos em seis, para 22, com a agência de notícias oficial Xhinhua reportando no sábado que os restos carbonizados de um menino de oito meses e quatro adultos foram retirados de uma garagem que pegou fogo em Lhasa no domingo passado - dois dias depois da cidade ter sido tomada por protestos anti-chineses. O governo no exílio do Dalai Lama diz que 99 tibetanos foram assassinados, 80 em Lhasa e 19 na província de Gansu.
A agência de notícias Xinhua emitiu
diversos informes neste domingo dizendo
que além da província de Gansu, a vida está voltando ao normal em outras áreas onde ocorreram protestos. Segundo a agência, "mais da metade das lojas das principais ruas estavam reabrindo as portas para os negócios" em Aba, centro do município de Aba no norte de Sichuan. O chefe local do Partido Comunista, Kang Qingwei, foi citado dizendo que as repartições públicas e principais empresas estão "funcionando normalmente" e que as escolas seriam reabertas na segunda-feira.
Segundo a agência Xinhua, em Aba a polícia baleou e feriu quatro manifestantes em uma ação de autodefesa. Esta foi a primeira vez que o governo reconheceu ter atirado em qualquer manifestante. Não há meios de confirmar de forma independente os despachos da agência de notícias oficial chinesa.
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