| 27/02/2008 19h36min
Enquanto o Grêmio está às voltas com a Copa do Brasil e o Gauchão, Victor se ocupa apenas com televisão, livros, jornais, internet e a companhia da namorada. Com uma grave lesão renal, o goleiro terá que ficar 30 dias em repouso. Desde o último domingo, quando se machucou na partida contra o Esportivo, Victor estava no hospital, de onde só saiu nesta quarta, ao meio-dia. No início da noite, falou sobre a sua situação:
— Existe um pouco de dor, é um trauma considerável. Já estou em casa, estou me recuperando, vou fazer o repouso indicado pelo médico para estar
de volta em breve. Segundo as ordens médicas, dentro desse período (30
dias) não posso fazer nenhum tipo de exercício. Comentei com a minha namorada, "já estou cansado de tanto descansar".
Victor atravessava um bom momento no gol do Grêmio. Com contrato até 2011, sabe que ainda terá tempo para mostrar trabalho, mas sabe que está comi a vaga no time ameaçada. O substituto, Marcelo Grohe, é quem estava cotado para ser o titular no início do ano, mas se lesionou. Victor entrou e não saiu mais.
— Quando você está jogando, nunca espera sair do time. Mas são coisas do futebol, todo jogador está sujeito a isso. O bom é que saí num momento que já havia uma confiança da diretoria e do torcedor.
No entanto, o goleiro garante que o relacionamento com os concorrentes é ótimo:
— Torço para que ele vá bem, isso é bom para o Grêmio e para os torcedores. (...) O Marcelo e o Caio foram me visitar no hospital, ver a minha situação. Fiquei muito feliz. Claro que a gente tem outros amigos dentro do grupo, mas isso
mostra que o goleiro é diferenciado nesse aspecto
de amizade, união e companheirismo. Hoje telefonei para o Marcelo para desejar sorte e que ele defenda com toda a vontade esta camisa que tem tanto peso.
Nova vítima de uma espécie de maldição que atinge os goleiros do Grêmio nos últimos anos, Victor sabe que, quando voltar, terá que superar outro obstáculo: o medo. Galatto, que teve uma lesão grave na cabeça, conta que, a partir da contusão, sempre sentiu um certo temor na hora de sair do gol, o que lhe impedia de executar o movimento com tranqüilidade.
— É um ponto a ser trabalhado, sem dúvida, mas a dor faz parte do uniforme do atleta. Quando você sente dor, fica receoso mesmo. Então, como eu tive muita dor, sei que vou ter um pouco de receio no início, mas depois a gente pega confiança — garante.
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