| 31/01/2008 17h14min
A compra de Fábio Rochemback pelo Grêmio pode render uma pequena quantia para os cofres do Beira-Rio. Devido ao mecanismo de solidariedade criado pela Fifa, os clubes formadores do atleta devem ganhar até 5% sobre eventuais transações do jogador, durante toda a carreira. Com isso, o Inter lucraria cerca de R$ 60 mil, a contar o valor especulado da transação — 1,5milhão de euros (R$ 3,9 milhões) por três anos de contrato.
A cifra não é das maiores, mas é suficiente para despertar o interesse do Beira-Rio.
— Se ele for vendido, temos direito, sim. O departamento jurídico do Inter está sempre atento para essas questões — declarou o vice de futebol do Inter Giovanni Luigi.
A conta para chegar ao valor é um pouco complicada. O advogado do Inter, Renan Krüger Ness, explica que a Fifa estipula uma tabela com porcentagens de acordo com a fase que o jogador esteve no clube que o formou. Dos 12 aos 16 anos, o coeficiente é 0,25% ao ano. A partir dessa idade,
até os 23, o número passa para
0,5%.
— O valor de 5% nunca é ultrapassado. É o máximo que um clube recebe. É a somatória dos coeficientes dos 12 aos 23 anos — resume Ness.
De acordo com a ficha do jogador, Fábio Rochemback esteve no Inter de 1998 a 2001 — dos 17 aos 20 anos. Logo, a porcentagem equivale a 1,5% do que o Grêmio negociar com o Middlesbrough.
— É importante destacar que, caso ocorra a compra, o Barcelona também tem direito ao mecanismo de solidariedade proporcional. E todos os clubes pelos quais o jogador passou até completar 23 anos — completa o advogado.
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