| 17/01/2008 05h38min
Foi como uma celebridade, embora diga detestar esse rótulo, que o meia Roger, 29 anos, chegou ao Olímpico nesta quarta-feira.
Desde o desembarque no Salgado Filho, às 16h15min, até a entrevista coletiva, às 17h30min, em que usou a camisa 10, o novo reforço do Grêmio provocou um corre-corre. Sorrindo, alguns seguranças do clube disseram que, a partir de hoje, quando ele começa a treinar, "terão que abrir o olho com a mulherada". Até o assessor da presidência, Alfredo Oliveira, o Carioca, entrou no clima. Enquanto cinegrafistas e fotógrafos se atropelavam para registrar a entrada de Roger na sala de conferências, quase lotada, brincou:
— Em meia hora, ganhamos 59 novos sócios, sendo 58 mulheres.
Sem querer fixar um prazo para sua estréia, por
estar em fase final da cura de lesão muscular
sofrida em outubro, no Flamengo, Roger diz que sua única preocupação é recuperar a imagem.
— Passei um ano difícil no Corinthians e no Flamengo. Mas todos sabem também que tenho qualidades, demonstradas em mais de 10 anos como profissional. Vou treinar forte para voltar a ser um dos grandes nomes do futebol brasileiro — afirmou.
Em meio a elogios sobre a estrutura do Grêmio e a qualidade de vida de Porto Alegre, Roger admitiu que precisará mostrar muito serviço. Garante que a desconfiança inicial serve de estímulo "para trabalhar mais".
Prometeu ser "o ponto de equilíbrio", para que os jovens promovidos das categorias de base se firmem com maior rapidez. Não descartou, nem mesmo, voltar à Seleção, tirando proveito do fato de passar a
morar na mesma cidade do técnico Dunga.
Roger só revelou
algum desconforto quando as perguntas entraram no lado pessoal. Foi ríspido ao responder sobre sobre sua vida noturna e o namoro com a atriz Deborah Secco:
— Isso aí não interessa a ninguém. Vim aqui trabalhar, jogar meu futebol. Foi assim que construí o nome que tenho. Não tem nada a ver a minha vida pessoal. O que está fora do futebol deixamos para depois.
Ao entrar no vestiário, voltou a tocar no tema de sua vida fora dos gramados, enquanto autografava um papel estendido por um conselheiro.
— Ser visto como celebridade incomoda um pouco, porque as pessoas falam muitas inverdades. Mas não tem jeito de fugir disso — admitiu.
Roger assinou contrato por um ano. O salário, diz o diretor de futebol, Paulo Pelaipe, "é muito mais baixo do que os R$ 100 mil que se anuncia". Agitado, Pelaipe prometeu responder com novos reforços "às aves agourentas que desconfiam de nosso trabalho". O próximo pode ser o meia Souza, do São Paulo, que
disse ter acertado salário. Outro nome cotado é o
do meia argentino Escudero, 20 anos, do Vélez.
O perfil do jogador
Nome: Roger Galera Flores
Posição: meia-esquerda
Idade: 29 anos (17/8/1978, no Rio de Janeiro)
Altura: 1m70cm
Peso: 68kg
Clubes anteriores: Fluminense , Benfica/Por, Corinthians e Flamengo
> Roger começou a carreira no Fluminense em 1996, com 18 anos. Em 1999, liderou a equipe campeã brasileira da Série C. Dois anos depois, foi vendido ao Benfica. Sem se firmar, foi emprestado duas vezes ao Fluminense.
> Em 2005, chegou ao Corinthians, com recursos da MSI. Ajudou na conquista do Brasileiro daquele ano, atuando com o argentino Tevez. Uma fratura na perna direita atrapalhou sua trajetória em 2006. Quando voltou, sua vaga havia sido ocupada por
Ricardinho.
> Emprestado ao Flamengo em 2007, sofreu duas lesões musculares, o que o levou a ser afastado pelo técnico Joel Santana. De
volta ao Corinthians, este ano, soube que não fazia parte dos planos do técnico Mano Menezes.
Contradado por um ano, Roger é o reforço de peso até o momento no Olímpico
Foto:
Adriana Franciosi
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