| 05/01/2008 04h50min
O Inter anda suspirando nos Emirados Árabes, com evidente saudade daqueles dias no Japão. Por isso tanta ansiedade para a estréia diante do Stuttgart na Copa Dubai, ao meio-dia deste sábado (horário brasileiro), com transmissão ao vivo da TVCOM.
Basta notar as atitudes dos jogadores. Mesmo os mais experientes. Ontem, o sempre brincalhão Edinho andava amuado pelo suntuoso Dusit Hotel, onde o Inter tem sua aventura no Oriente Médio. Queria jogar, mas o tornozelo torcido o impediu. Ainda mais depois de viajar com ídolos no vôo de São Paulo a Dubai, quando o Inter e jogadores brasileiros da Inter de Milão e do Milan dividiram poltrona no Boeing 777 da Fly Emirates.
— Cafu, Kaká, Júlio César: vivi um dia de tiete — admite Edinho.
Assim como no Japão, embora em escala infinitamente menor, voltaram as entrevistas em outros idiomas. Ontem, Fernandão concedeu entrevista em francês para a Abu Dhabi TV. O presidente Vitorio Piffero caprichou no inglês e
saiu-se muito bem, de acordo com Osama Al
Abdoon, o repórter árabe bem-humorado que saiu logo dizendo que é Osama, mas não é Bin Laden.
— É especial para a carreira. Quantas vezes temos chance de medir forças com grandes clubes europeus? Vou contar para os meus filhos — diz Fernandão.
Camisetas dizem em árabe
"Inter campeão do mundo"
O Inter mandou fazer camisetas promocionais com a inscrição "Sport Club Internacional, campeão do mundo de 2006". Só que em árabe. Ficou curioso e tão bem feito que os jogadores não querem mais devolver.
— Esta aqui é minha. Não dou para ninguém não! — avisa Fernandão, antes de pegar o elevador e ir para o quarto descansar.
— Acho que vou roubar esta para mim — declara Índio.
— A TVCOM e o Sportv vão transmitir. Quem não vai ver este jogo no Rio Grande? — pergunta o vice de futebol, Giovani Luigi.
Hoje, antes das semifinais da Copa Dubai, tem conferência de imprensa do torneio. Sabe quem vai pela Internazionale? Figo, que já foi eleito o melhor do mundo. Ainda não se sabe quem representará o Inter.
São eventos e episódios que fazem reviver, em escala menor, a epopéia no Japão, quando da conquista do Mundial de Clubes, em 2006. O fuso horário complicado, a comida diferente, o nome do Inter nos jornais e na TV do mundo árabe, a cobertura dos treinos. Até Nilmar, tarimbado com ambiente de Seleção Brasileira, está gostando:
— Estrear em um torneio contra a nata do futebol europeu é um privilégio — surpreendeu Nilmar, sempre econômico nas declarações.
É o gostinho de Japão que impulsionará o Inter contra o Stuttgart.
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Foto:
Alexandre Lops
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Divulgação
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