| 29/11/2007 14h08min
A decisão inicial do governo da Bahia, divulgada pelo governador Jaques Wagner, de implodir o Estádio da Fonte Nova, em Salvador, após a tragédia do último domingo que culminou com a morte de sete pessoas com a queda do piso da arquibancada durante um jogo do Bahia, é considerada precipitada por membros do Sinaenco (Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia). De acordo com o arquiteto Vicente de Castro Mello, chefe do estudo feito pela entidade sobre a situação dos estádios brasileiros, é preciso ter mais calma antes de tomar qualquer medida.
– Uma decisão sobre engenharia tem de ser feita com tempo. No caso da Fonte Nova, uma implosão poderá custar muito mais do que uma reforma completa ou a construção de outro estádio em outro local. Acho que foi uma declaração mais política para acalmar os ânimos – afirmou.
Para realizar o estudo, Vicente visitou 27 estádios em 18 cidades brasileiras e a Fonte Nova foi considerada o pior do país.
– Não precisava entender muito de estrutura para ver os problemas que haviam lá. As pessoas falam que têm laudos, permissões. Fico triste pela imagem de fatalidade do fato – disse o arquiteto, que esteve em Salvador no começo de agosto.
Responsável pela regional da Bahia, o engenheiro Claudemiro Santos Júnior também compartilha da opinião de Vicente sobre a implosão do estádio e pede mais atenção com esses problemas.
– É preciso uma política de manutenção. Não tínhamos elementos para interditar o estádio, já que não foi feito uma vistoria técnica, mais precisa. Apenas chamamos a atenção para fazer melhorias – contou.
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