| 26/11/2007 04h20min
Os 29,6 mil torcedores presentes na tarde deste domingo no Beira-Rio voltaram para casa com esperança para a próxima temporada e a vaga à Sul-Americana assegurada. Sem cinco titulares, o Inter foi superior ao Palmeiras e venceu por 2 a 1 em um jogo com primeiro e segundo tempo bem distintos.
O primeiro tempo foi lento até o gol de Fernandão. Antes teve outro marcado por Makelele e mal anulado pelo auxiliar Roberto Braatz, a grande defesa de Clemer, tirando a bola os pés do mesmo Makelele e as constantes, porém, pouco inspiradas jogadas ofensivas do Inter. O time de Abel Braga mostrava mais interesse, mesmo sendo o Palmeiras quem brigava pela Libertadores.
O jogo só engrenou quando Fernandão fez o 1 a 0, após falha de Wendell. Antes disso, os melhores lances vieram pelos pés de Rodrigão e suas tentativas de malabarismos próximo a área — fez embaixadinhas e arriscou lambreta sobre Wellington.
A segunda etapa foi bem diferente. O prelúdio foi a ação
do árbitro Wagner Tardelli na volta
do intervalo. Por cinco minutos, ele procurou explicações sobre a declaração de Abel, que o acusou de ir ao vestiário acalmar os palmeirenses, irritados pelo gol anulado de Makelele. Tardelli pediu ao chefe de policiamento para deter o segurança que relatou o fato ao técnico e desmentiu-o nos microfones.
Em campo, o jogo mudou. O Palmeiras ameaçava mais, mas concluía com deficiência — foram, pelo menos, três chutes por cima do gol.
O Inter acabou envolvido, o que levou Abel a promover três alterações: Jorge Luís, Iarley e Gil saíram para dar lugar a Rubens Cardoso, Jonas e Adriano. O time se acertou e chegou ao ataque com perigo. Gil e Adriano tiveram boas chances.
Abel Braga elogia trio
estrangeiro do Beira-Rio
Depois de nova boa atuação, Abel Braga garantiu que manterá o esquema 3-5-2 em 2008. O técnico exaltou as boas atuações de Sidnei, Orozco e Marcão, ontem:
— Vou
jogar com três centrais. Está provado. A qualidade dos centrais é muito grande.
Os homens de meio saem com facilidade, têm liberdade.
Entre os reforços, Abel ressaltou os estrangeiros Guiñazu, Sorondo e Orozco, a quem definiu como "operários do sofrimento" pela dedicação em campo.
— Eles só falam "Está bom, profe". O Orozco faz a dele e mais um pouco. O Sorondo faz muito bem a dele. O Guiñazu faz a dele, a de outro e de mais um — elogiou Abel.
Definido por Abel com "operário do sofrimento", o argentino Guiñazu está em alta no Beira-Rio
Foto:
Daniel Marenco
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