| 10/10/2007 10h50min
Os sete gols marcados por Afonso em um jogo na Holanda, no fim de semana, batendo o recorde do grande Van Basten, são uma boa lição para muita gente. Não se pode ter opinião negativa formada sobre determinado jogador antes de dar chance para que ele mostre se tem ou não condições de desempenhar bem na Seleção Brasileira. No caso de Afonso, esse problema tem estado presente em algumas análises desde sua primeira convocação pelo técnico Dunga. E não pode ser assim. É uma precipitação que muitas vezes prejudica o jogador e o próprio trabalho do técnico.
É curioso, mas dependendo do profissional há claramente uma brutal diferença de enfoque. Certos jogadores — e Afonso parece ser um deles — são olhados com desconfiança e isso se mantém por bom tempo. Se ele acerta, se faz um gol de calcanhar, é mero acaso. Se erra, alguém logo usa o equívoco como confirmação de suas desconfianças. Outros desde o início são beneficiados por olhares de simpatia. Com um, impaciência. Parece ser o caso de
Afonso, uma aposta
do técnico Dunga, que poucos conheciam. Com o outro, tolerância. Se você pensar, verá que há muitos exemplos por aí.
Ninguém faz sete gols em um único jogo por acaso. Deve ter qualidades de goleador, aquelas que fizeram Dunga e seu auxiliar Jorginho apostarem no jogador do Heerenven. Nem sei se Afonso terá carreira longa na Seleção, mas não concordo que preconceitos contaminem as análises. Este é o problema. Prefiro sempre esperar um pouco e dar tempo para que se possa fazer uma análise com mais segurança.
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