| 08/08/2007 12h34min
Em se tratando de Juventude, o fator de reabilitação só poderia mesmo ser o Inter. Pena que já passou. Brincadeiras à parte, há os fatos: desde aquele 2 a 0 no clássico Juvenal no Aflredo Jaconi, no dia 21 de julho, a Papada não sabe o que é vitória no Brasileirão. E, no mesmo período, tampouco sabe o que é marcar mais de um gol em uma única partida, o que explica o atual estágio no qual o time estagnou há quatro rodadas. A reação pode começar no início da noite desta quarta, às 19h30min, através do Fluminense, em Caxias do Sul.
A contar da vitória sobre o Inter, a equipe trocou de técnico – Flávio Campos por Cláudio Duarte – e acumulou apenas um glorioso ponto em 12 disputados. Em casa, ainda por cima, no empate diante do Palmeiras. O ambiente, então, tornou-se bastante tenso no clube – a torcida protestou ruidosamente após a derrota para o Atlético-MG na última rodada.
– Nessa situação, eu não posso ter sequer o sentimento de que alguém talvez não vai agüentar a pressão em campo. Já deixei isso bem claro para o grupo: quem não agüenta pressão, não pode jogar futebol, tem que trabalhar com outra coisa – avisa o técnico Claudião.
E se há algum jogador no grupo que, surpreendentemente pela pouca idade, parece assimilar muito bem a pressão do momento, é o meia convertido em atacante Ivo. Ao ser substituído contra os mineiros, não aproveitou os microfones para queixas ou algum desaforo público. Pelo contrário: murmurou um humilde "não rendi tudo que poderia mesmo". A maturidade valeu mais um voto de confiança para hoje.
– Tem dias que a gente não consegue desempenhar o que estava programado. Por isso, para mim é muito importante ganhar essa seqüência, poder ter essa nova oportunidade de continuar na equipe – declarou o jogador, ainda sem saber quem deverá ser o parceiro na ligação com o centroavante Luciano.
Preservado do treino da tarde de terça, o meia Fábio Baiano tornou-se dúvida contra o Fluminense. O mais cotado para assumir a vaga é Bruno.
– Se jogar o Bruno, vamos conversar para não nos batermos, porque ambos temos características de ir bastante ao ataque. E não poderemos subir os dois ao mesmo tempo, para não desarmar o meio – opina Ivo.
Segundo o treinador, a ponderação deve governar os movimentos de ataque.
– Atacar não significa escancarar o time. O Ivo deve ficar um pouco mais próximo do Luciano. Então, se o Fábio não jogar, o Renato pode ser o armador, o organizador, e o Bruno exercer uma função mais ofensiva.
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