| 25/07/2007 12h31min
O destaque da programação do atletismo nesta quarta-feira é a prova do salto em distância, que promete ter um duelo particular entre duas brasileiras: Maurren Maggi e Keila Costa.
Elas entram em ação a partir das 17h40min, no Estádio João Havelange, o Engenhão, com a esperança de conseguir uma dobradinha para o Brasil.
Embora haja rivalidade na competição, Maurren e Keila são companheiras de clube, treinam juntas no Ibirapuera, em São Paulo, e têm até o mesmo técnico.
– As duas têm possibilidades bem grande de ir ao pódio, mas a prova vai estar forte – avaliou Nélio Moura, o treinador das brasileiras.
Para Nélio Moura, a cubana Yargeris Savigne, a jamaicana Elva Golbourne e a atleta de Trinidad e Tobago, Rhonda Watkins, estão entre as principais rivais das brasileiras na prova desta quarta-feira. Para o treinandor, Maurren e Keila têm condições de ir bem, mesmo sendo difícil.
– Acho que eu e a
Keila podemos fazer dobradinha nas duas provas – revelou Maurren,
referindo-se também ao salto triplo, que será disputado na sexta-feira.
Aos 31 anos, Maurren não disputou o Pan de Santo Domingo, em 2003 – a suspensão por doping aconteceu pouco tempo antes da competição, mas trouxe de Winnipeg/1999 a medalha de ouro no salto em distância, além da prata nos 100 metros com barreiras.
– Fica difícil apontar uma delas. Pelo retrospecto dos resultados a Maurren seria favorita na distância e a Keila, no triplo. Mas as duas estão muito bem –, avisou Nélio.
Maurren ainda é a recordista sul-americana da distância, com 7,26 metros, uma marca de 1999. Para ela, o Pan é a competição mais importante após o seu retorno, no fim de 2005 - foram dois anos de suspensão, após ser punida por causa de resultado positivo em controle antidoping para a substância clostebol, que alega ter vindo de uma pomada usada após uma sessão de depilação a laser. Nesse período, ela ainda teve a filha Sophia, com o piloto Antonio Pizzonia, antes
de retornar ao atletismo.
Depois de não disputado o Troféu Brasil de Atletismo, em junho, por causa de dores que sentiu na perna esquerda e no quadril - "um desconforto", como definiu -, Maurren disse que está bem para o Pan.
Enquanto isso, a pernambucana Keila costa, de 24 anos, uma estreante em Pan - não foi a Santo Domingo/2003 por causa de uma lesão. E não esconde de ninguém que tem aspiração de passar dos 7 metros no salto em distância, assim como os 15 metros são o seu alvo no salto triplo.
– Eu sou minha maior adversária. Estou bem pertinho de chegar aos 7 metros, uma hora ele sai – afirmou Keila, que tem 6,88 metros como sua melhor marca, obtida em maio, no GP de Belém.
Embora o Pan seja uma prova para buscar medalha e não necessariamente o melhor resultado, o técnico Nélio Moura admite uma boa marca de Keila no Rio.
– Por que não aqui? Ela está muito bem e tem a meta de passar dos 7 metros.
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