| 07/06/2007 18h58min
O elenco do Grêmio fez um treino leve na tarde desta quinta-feira, em Itu, um dia após a classificação para a final da Copa Libertadores. Sem a presença do técnico Mano Menezes, que compareceu a um programa de televisão na capital paulista, os titulares passaram por um trabalho regenarativo, enquanto os reservas apenas treinaram fundamentos.
A expectativa de todos está voltada para o duelo entre Boca Juniors e Cúcuta, que definirá o adversário dos gaúchos na decisão. O time colombiano venceu a partida de ida em casa por 3 a 1 e pode perder por até um gol de diferença que ficará com a vaga inédita na final.
Os gremistas conhecem bem o Cúcuta. Afinal, enfrentaram os colombianos na primeira fase da competição sul-americana e não conseguiram vencer – empate por 0 a 0 no Estádio Olímpico e derrota por 3 a 1 na Colômbia. Até por isso, ninguém arrisca um favorito para a partida desta quinta.
– O Cúcuta é um time que chegou desacreditado até aqui. Disseram que a nossa chave na primeira fase era a mais fácil, mas o Grêmio e o Cúcuta estão provando o contrário e podem se reencontrar na decisão. A vantagem que eles têm contra o Boca, além de ter vencido o jogo de ida por 3 a 1, é que eles vão para a Argentina sem pressão – afirmou o lateral-esquerdo Lúcio.
Para o jogador, os colombianos têm “um time de muita qualidade”, “muito conjunto” e alguns destaques individuais.
– O lateral direito tem uma bola parada muito boa, o Perez (que não enfrenta o Boca por estar servindo á seleção panamenha) é goleador e a dupla de zaga é muito rápida – analisou.
O zagueiro William tem opinião semelhante.
– O Cúcuta é muito bem montado taticamente, com jogadores disciplinados e de técnica apurada. O lateral direito bate bem na bola, os zagueiros são velozes e eles contam com um artilheiro lá na frente – observou.
Mas e se o adversário for o Boca Juniors, dono de cinco títulos sul-americanos? Os gremistas garantem que não têm medo.
– O Boca tem muita tradição, mas eles não vêm tendo tanta regularidade em casa e vão enfrentar um time grande também que é o Grêmio – comenta William, destacando a técnica do meia Riquelme e a força e mobilidade dos atacantes Palermo e Palácios.
Lúcio também elogia Riquelme, mas observa algumas deficiências nos argentinos.
– É um time que quando joga em casa é meio relaxado, até acaba levando o gol porque acha que pode vencer a qualquer momento. Mas fora de casa eles sabem catimbar o jogo – disse.
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