| 12/04/2007 00h30min
O Botafogo superou o Vasco por 4 a 1 nos pênaltis depois de empate em 4 a 4 na noite desta quarta, em um clássico emocionante no Maracanã, pela semifinal da Taça Rio. Apesar do alto número de gols, o atacante Romário não conseguiu anotar o seu, e terá de esperar até o Campeonato Brasileiro para ter chances de marcar o milésimo.
O time cruzmaltino saiu na frente, mas o Botafogo reagiu, passou à frente. No entanto, os vascaínos voltaram a igualar o marcador. Nos pênaltis, Morais e Dudar desperdiçaram as cobranças. Com dores nas pernas, Romário não teve condições de participar das cobranças.
A partida foi muito vibrante. O empate por 4 a 4 no tempo normal acabou sendo um resultado justo, já que as duas equipes correram muito em busca da vitória e não mereciam a derrota no tempo normal. A decepção foi o árbitro Fábio Calábria, que errou várias marcações, além de exagerar nas expulsões do botafoguense Túlio e do vascaíno André Dias.
Romário quase não tocou na bola. Sua única chance ocorreu no gol de Jorge Luiz, quando ela passou bem perto da cabeça do atacante. No final da partida, ele ainda sentiu dores na panturrilha e ficou deitado em campo, retardando o início da cobrança de pênaltis por mais de 20 minutos.
O clássico começou em ritmo frenético. Logo no primeiro minuto, o Vasco abriu o marcador após falha do goleiro Júlio César e do zagueiro Juninho. A bola acabou sobrando para Renato, que teve tranqüilidade para tocar para o gol vazio. O gol deixou o time de Cuca desnorteado. Aos dois minutos, a equipe cruzmaltina ampliou em um lance em que o árbitro Fábio Calábria não marcou uma falta clara de Morais em Túlio. Na seqüência, Abedi foi lançado livre pela direita e bateu cruzado para fazer 2 a 0.
Enquanto a torcida do Vasco ainda festejava, o Botafogo anotou o seu primeiro gol em uma jogada de ataque aos quatro minutos. Lúcio Flávio cruzou e Luciano Almeida escorou de cabeça.
O gol animou os alvinegros cariocas, que estavam muito irritados com a arbitragem. Mesmo nervoso, o Botafogo passou a pressionar em busca do empate. Já o Vasco mostrava muitos erros na defesa, onde os três zagueiros não se entendiam.
Aos 19 minutos, Romário tocou na bola pela primeira vez, concluindo para fora depois de receber na entrada da grande área. O Botafogo chegou ao empate aos 22. Túlio abriu para Luciano Almeida, que cruzou para a entrada rápida de Zé Roberto.
O Vasco passou à frente aos 31, com o zagueiro Jorge Luiz, que tentou o cruzamento para Romário, mas acabou encobrindo Júlio César. Mas uma vez o time de São Januário não teve tempo de comemorar. Aos 34, Lúcio Flávio cruzou da direita, Dodô subiu inteiramente livre, escolheu o canto e cabeceou para empatar a partida.
O gol animou ainda mais o Botafogo, que chegou ao quarto gol aos 44 minutos em cobrança de falta de Lúcio Flávio da intermediária. A bola bateu no chão e encobriu o goleiro Cássio. Já nos acréscimos, Roberto Lopes agrediu Jorge Henrique com um tapa na cabeça. O árbitro Calábria ignorou os avisos dos jogadores do Botafogo, e aplicou cartão amarelo no goleiro Júlio César.
Na etapa final, o Vasco entrou de forma mais agressiva e arriscando chutes de longe como aconteceu com Guilherme e Jorge. Aos sete minutos, Túlio fez falta dura, reclamou da marcação e foi expulso.
Com um homem a mais em campo, o Vasco trocou um zagueiro por um atacante. Já o Botafogo colocou Diguinho na vaga de Lúcio Flávio para recompor a defesa. Aos 18 minutos, André Dias deu um carrinho para tirar a bola do jogador adversário, mas o árbitro interpretou como lance desleal e expulsou o atacante cruzmaltino.
Com dez jogadores de cada lado, a partida ficou mais aberta. No entanto, os dois times abusavam dos erros de passes. Renato arriscou tudo tirando o lateral Guilherme para colocar Allan Kardeck, atacante revelado pelas divisões de base. Já o Botafogo tirou Jorge Henrique, cansado, e colocou o volante Juca, para segurar mais o jogo no meio campo. Aos 36 minutos, após cobrança de escanteio pela esquerda, Allan Kardeck subiu inteiramente livre e cabeceou no canto de Júlio César que nem se mexeu.
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