| 26/06/2006 15h49min
O técnico Carlos Alberto Parreira gostou e resolveu seguir o estilo: o time titular do Brasil para o jogo contra Gana, nesta terça, só será divulgado no prazo máximo estabelecido pela Fifa – ou seja, uma hora antes da partida. Mas o mistério é só para a imprensa e para o adversário. Aparentemente, a única dúvida está entre Emerson ou Gilberto Silva na marcação no meio-campo.
– O time saberá à noite após o vídeo sobre Gana que vamos exibir à noite. Não é mistério, é apenas um direito do treinador – disse o técnico, na entrevista coletiva.
Pela forma como conduziu as respostas em torno desta dúvida, Parreira deu a entender que o time deve ser o mesmo dos dois primeiros jogos na Copa, reforçando o discurso de que tem que manter o esquema.
– Na Copa do Mundo tem que ter uma base. Contra o Japão, mudaram os nomes mas não a estrutura.
Seguindo esta linha de raciocínio, o técnico da Seleção deve manter o esquema 4-4-2 com o quadrado mágico ofensivo – Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano –, apesar dos constantes pedidos para a entrada do meia Juninho Pernambucano no time. Mas isso tem chances mínimas de acontecer, já que com sua presença o esquema teria que mudar, pois o jogador do Lyon tem um estilo mais ofensivo e, segundo o próprio técnico já disse, ele é reserva de Kaká.
A única lamentação de Parreira foi a contusão do atacante Robinho (o que força a manutenção de Adriano no ataque).
– Ele (Robinho) dá uma alternativa muito boa para o treinador e está em grande fase. Menos mal que estará à disposição à partir do próximo jogo.
Quanto ao jogo contra Gana, nesta terça, o discurso do técnico brasileiro é no tom de calma. Devido à expectativa em cima de sua equipe (garantir uma vitória com um largo placar por ser um adversário teoricamente mais fraco) e em cima da violência do adversário (Gana é o time que mais fez faltas da Copa).
– Jogar as oitavas-de-final tem sempre o fantasma da desclassificação, por isso tem que ter a cabeça no lugar. Vai ser um jogo perigoso, de risco. É um time com jogo de cintura, velocidade e agressividade, coisa que não enfrentamos até agora. Se não tivermos determinação e vontade, eles atropelam.
Parreira só criticou uma coisa até o momento: a violência do jogo Portugal 1 x 0 Holanda, no domingo – a partida teve quatro expulsos e 12 advertidos com cartões amarelos, além de muitas faltas. O tom da frase foi de recado até para o jogo desta terça.
– Aquilo é para ser rechaçado, não teve futebol. Pode servir como exemplo para evitar a violência nos próximos jogos.
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