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 | 10/07/2002 21h16min

Cartolas brasileiros dividem opinões sobre caso do Caxias

Liminar obtida na Justiça determina inclusão da equipe na Série A do Brasileiro

A luta do Caxias (RS) em retornar à Série A do Campeonato Brasileiro – agora reforçada pela disputa judicial entre a prefeitura de Caxias do Sul e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – divide a opinião dos cartolas nacionais. Nos próximos cinco dias a CBF deve se manifestar sobre a liminar da Justiça – obtida nesta segunda-feira, 8 de julho, na 6ª Vara Cível do Fórum da cidade gaúcha pela prefeitura – que determina a inclusão do Caxias na Série A.

O presidente do Atlético (PR), Mário Celso Petráglia, acredita que a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que deu perda de causa ao Caxias, é a correta:

– Não conheço em detalhes o processo, mas se o STJD, na revisão, definiu em favor do Figueirense, temos que concordar.

O vice-presidente do Goiás, Pedro Goulart, também defende o time de Florianópolis. Para ele, a invasão de campo da torcida catarinense – no dia 22 de dezembro de 2001 na partida entre as duas equipes e que provocou o embate jurídico – não deveria ser levada em conta.

– Na minha opinião, deve prevalecer o resultado que aconteceu dentro de campo, ou seja, a vitória do Figueirense. Faltavam poucos segundos para terminar a partida.

Já o presidente do Cruzeiro (MG), Zezé Perrella, é a favor do time gaúcho:

– O natural seria dar os pontos para o Caxias. Esse seria o correto – disse o dirigente do Cruzeiro, que mantém uma parceria com a equipe gaúcha, na qual cede jogadores.

O presidente da Liga Centro-Oeste, Flávio Raupp, disse que basta cumprir o Regulamento Geral das Competições, da CBF:

– O regulamento é muito claro sobre quando há uma invasão como a que houve. O Caxias deveria ganhar os pontos da partida.

O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-MG, Alexandre Kalil, disse que o STJD "não existe":

– A disputa entre Caxias e Figueirense mostra o retrato real do STJD. Eles brincam com a lei, não têm critério nenhum. Daqui para frente, todos têm que recorrer à Justiça Comum mesmo porque a Justiça Desportiva não existe no Brasil.

Já o presidente do Botafogo, Mauro Ney Palmeiro, lamentou que o caso tenha parado na Justiça Comum:

– Estou muito preocupado porque a realização do Campeonato Brasileiro está em jogo. Sou totalmente contrário a apelar à Justiça Comum.

 
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