O juiz da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), José Luiz Moreira Cacciani, de Florianópolis, decidiu nesta quarta-feira, 26 de junho, suspender o leilão do passe do lateral-direito Paulo Sérgio (foto), jogador que está no Figueirense mas pertence ao Marcílio Dias. Avaliado em R$ 100 mil, o passe serviria para quitar parte das mais de 50 dívidas trabalhistas do Marinheiro – um total de cerca de R$ 500 mil.

A suspensão atendeu ao mandato de segurança impetrado pelo advogado de Paulo Sérgio, Zildo Vargas, que requereu também que o jogador obtenha o passe livre de penhora. Vargas baseou-se na Lei Pelé, que recentemente revogou o instrumento oficial do passe, e no direito de ir e vir, previsto na Constituição Federal.

– Se o passe for leiloado, o jogador pode ser mandado contra vontade à qualquer lugar do país – disse Vargas.

Paulo Sérgio está emprestado ao Figueirense desde janeiro, com contrato até o fim deste ano. Inicialmente, o passe do jogador tinha sido avaliado por um oficial de Justica em R$ 400 mil no segundo semestre de 2001.

O passe foi a leilão pela primeira vez, mas como não houve compradores, a Justiça reavaliou o passe, reduzindo-o para R$ 100 mil.

De acordo com o advogado da execução global dos ex-funcionários, André Oliveira, que também pretendia requerer a reavaliação do passe, não seria bom nem para o clube nem para os credores que o passe seja vendido tão barato.