| 06/12/2001 22h15min
Policiais palestinos armados com bastões entraram em choque nesta quinta-feira, dia 6, com manifestantes que atiravam pedras e simpatizantes do movimento de resistência islâmica Hamas armados depois de as forças de segurança do presidente palestino, Yasser Arafat, terem colocado o líder espiritual do grupo sob prisão domiciliar. Um simpatizante do Hamas de 21 anos foi morto nos confrontos, que deixam à mostra as dificuldades enfrentadas por Arafat diante da pressão dos EUA e de Israel para conter os ativistas responsáveis pelos atentados suicidas em território israelense.
Os choques começaram na quarta-feira à noite e foram retomados nesta quinta, quando o ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Maher, deu início a uma missão de paz em encontros com líderes israelenses. O enviado dos EUA para a região, Anthony Zinni, mantinha negociações com Arafat em Ramallah, na Cisjordânia. Maher e Zinni lideravam os esforços para impedir a eclosão de uma guerra aberta depois dos atentados, uma vingança pelo assassinato de um líder do Hamas levado a cabo por Israel, e depois dos ataques aéreos israelenses realizados como retaliação.
A violência explodiu na cidade de Gaza depois de a polícia colocar o fundador do Hamas, xeque Ahmed Yassin, sob prisão domiciliar e de milhares de pessoas terem se reunido para protestar contra a medida. Membros do Hamas mataram 25 pessoas em atentados suicidas realizados em Jerusalém e Haifa no fim de semana, levando os EUA a exigirem que Arafat investisse contra os ativistas. Desde o início do levante palestino contra a ocupação israelense, em setembro do ano passado, 747 palestinos e 222 israelenses foram mortos.
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