Depois do ataque a três igrejas do Litoral Norte, os Santuários de Madre Paulina, em Vígolo, e de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Morro da Cruz, ambos no Vale do Rio Tijucas, podem receber um sistema de policiamento mais intenso no próximo semestre. A proposta é da Polícia Militar e da administração pública de Nova Trento. As lideranças policiais e administrativas retomaram as discussões sobre um plano de segurança para os dois santuários depois do vandalismo que destruiu as imagens sacras da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, de Porto Belo. Eles temem uma ação do gênero na cidade. A intenção, porém, enfrenta problemas antes mesmo se sair do papel. Segundo o sargento da Polícia Militar, Elói Pedro Stefenon, a falta de pessoal é a principal barreira para implantar um sistema de policiamento adequado para os santuários. Ao todo, seis policiais militares formam o efetivo do município, que recebe, em média, nos dois locais, 25 mil peregrinos por mês. De acordo com o sargento, a polícia local precisaria de oito homens para garantir a segurança nos santuários. O vice-prefeito de Nova Trento, Mário Merízio (PPS), também teme a possibilidade de uma ação criminosa contra os santuários do município, especialmente depois do fato ocorrido em Porto Belo. – Não definimos o projeto de proteção ainda, mas estamos preocupados em fazê-lo. Estamos sujeitos ao pior - afirmou em entrevista ao Jornal de Santa Catarina. Para tirar o projeto do papel, o comando da PM as lideranças do Executivo e Legislativo de Nova Trento esperam contar com o apoio do governo do Estado. Eles querem a abertura de um concurso público para o ingresso de novos policiais militares no município, o que julgam fundamental para policiar os santuários. As Irmãzinhas da Imaculada Conceição, congregação fundada por Madre Paulina, preferem não falar sobre o assunto. Dizem apenas que todos os lugares estão sujeitos ao vandalismo, mas que se consideram protegidas pela fé.