| 29/12/2009 04h40min
O Grêmio pode até ficar sem Maxi López em 2010. Mas não admite perder dinheiro. Hoje, a direção irá providenciar o depósito judicial de 1,5 milhão de euros (R$ 3,7 milhões), para assegurar 50% dos direitos econômicos do argentino.
A prioridade é seguir contando com o centroavante. Em tom realista, contudo, a direção admite uma saída. Nesse caso, o ideal seria uma venda por valor acima de 5 milhões de euros. Uma negociação desse porte permitiria ressarcir o investidor, e ainda geraria lucro ao clube.
– Temos um contrato, que hoje é bilateral, mas pode virar unilateral – diz o diretor Luiz Onofre Meira.
Mesmo negando a existência de uma proposta europeia, Maxi não deixa clara aos dirigentes a intenção de permanecer. Ontem, em encontro com Meira e o presidente em exercício Cesar Pacheco, ele expôs razões familiares ao pedir um tempo maior até se decidir. Embora não admita, usaria esse período para negociar com um clube europeu, possivelmente a Lazio, da
Itália.
O Grêmio, porém,
exercerá ainda hoje a opção de compra de metade de seus direitos para não perder o prazo legal. A partir de 1º de janeiro, os direitos passam a ser divididos entre o jogador e o FC Moscou.
Na entrevista, concedida de pé, à saída da sala da presidência, Maxi garantiu que deseja ficar. Pediu pressa ao Grêmio para adquirir seus direitos, embora diga compreender a realidade do futebol sul-americano. Nas entrelinhas, deixou transparecer que gostaria de receber um reajuste salarial. Em fevereiro, assinou por US$ 100 mil dólares mensais (R$ 173 mil), concordando com a manutenção do valor pelos próximos anos de contrato. Na Lazio, seu salário ultrapassaria os R$ 350 mil, fora as premiações por metas alcançadas:
– O procurador sabe: no Brasil, a prioridade é do Grêmio. Quero ficar, mas muitas coisas precisam ser feitas da melhor maneira.
Por que o depósito na Justiça do Trabalho
O Grêmio tentou cumprir o acertado
em contrato com Maxi López. Na reunião de ontem, a intenção
dos dirigentes era entregar 1,5 milhão de euros ao jogador, para que ele adquirisse junto ao FC Moscou os 50% restantes de seus direitos federativos e firmasse um novo contrato, com duração de três anos. Como Maxi negou-se a receber o valor, o depósito será efetuado hoje à tarde, na Justiça do Trabalho.
O depósito será feito sob a forma de uma ação de consignação e pagamento. Como a Justiça de Trabalho se encontra em recesso, os advogados Rui Costa, Jorge Petersen e Camilo Macedo precisarão recorrer ao juiz de plantão. Em janeiro, Maxi será informado do depósito e intimado para uma audiência, em que dirá se aceita ou não receber a quantia.
Em caso de recusa, o Grêmio comunicará à Fifa que fez o pagamento, para assegurar-se de metade do valor na hipótese de o jogador acertar-se com outro clube.
– É preciso deixar claro que não há qualquer conflito com Maxi. Nós o vemos como nosso centroavante em 2010. Usamos a única ferramenta disponível para fazer o
depósito – explica Rui Costa.
Empresário de Max, o argentino Dario Bombini pode reunir-se hoje com a direção, no Olímpico.
No encontro de ontem com a direção do Grêmio, Maxi López disse que pretende permanecer, mas pede tempo para decidir
Foto:
Valdir Friolin
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