Terceiro melhor lateral-esquerdo do campeonato no Prêmio Craques do Brasileirão e ganhador da Bola de Prata da Placar pela terceira vez, Kleber faz um balanço positivo da temporada. Seu primeiro ano no Inter terminou melhor do que começou. O jogador teve problemas de adaptação, perdeu espaço na Seleção, mas se firmou e começou a ter as boas atuações que lhe renderam os prêmios ao fim do Campeonato Brasileiro. Contratado em janeiro, Kleber atuou em 55 dos 76 jogos da temporada.

— Cumpri o que havia prometido. Foi uma evolução natural. Conseguir atingir o que esperavam de mim, o que me viram fazer em outras equipes. No começo é mais difícil de impor sua característica de jogo, mas de um tempo para cá, consegui ter esta liberdade. Ainda tenho esperanças de estar no grupo que vai à Copa do Mundo — projeta o jogador, em entrevista ao site oficial do Inter.

Revelado pelo Corinthians, Kleber começou a carreira atuando como ponta-esquerda e passou por outras posições antes de se fixar na lateral-esquerda.

— Nas categorias de base tive uma passagem até mesmo pela zaga, mas eu não gostava. No time infantil, um técnico me colocou para jogar na lateral. A partir de então me fixei nesta posição, apesar de também atuar como volante e meia — conta Kleber.

O passe qualificado sempre foi a principal virtude do jogador de 29 anos nascido em São Paulo.

— Tenho poucos gols na carreira (três pelo Inter) e muitas assistências. Fico feliz em puder ajudar o time da minha maneira. Isso é o mais importante — salienta Kleber.

Logo na sua chegada, Kleber desenvolveu uma grande amizade com o meia Andrezinho, o que acabou facilitando sua inserção no grupo colorado. A adaptação ao Beira-Rio foi determinante para que o lateral voltasse a viver uma boa fase. A identificação com o meia é tanta que os companheiros os chamam de irmãos. E entre eles, é comum ouvir a denominação "mano".

— A gente tem gostos muito parecidos. Nos damos muito bem dentro e fora de campo. Todo lugar que você vai e consegue logo fazer uma parceria com alguém é positivo. Me dou muito bem não só com o Andrezinho, mas com todo mundo. É um grupo de trabalho muito bom — garante o lateral.

Fã do ex-jogador Serginho, lateral-esquerdo que fez sucesso no São Paulo e no Milan, Kleber quer permanecer no Inter para disputar a Libertadores da América, mas admite a possibilidade de sair mediante uma boa proposta. O contrato inicial com o Inter é de três anos com opção de compra pelo clube.

— Gostei muito da casa, mas se aparecer algo bom para o Inter e para o Delcyr Sonda (investidor que trouxe o jogador), não dá para descartar. Minha vontade é de ficar — ressalta.