| 17/12/2009 08h04min
Depois dos mexicanos do Tigres, agora é a vez dos ucranianos do Shakhtar Donetsk virem atrás de Douglas Costa. No começo da semana, eles se propuseram a pagar € 6 milhões (R$ 15,3 milhões). O Grêmio até aceitou falar no assunto, mas pede € 7 milhões e a manutenção de 20% dos direitos econômicos do atacante, de olho em uma futura venda para um mercado mais rico.
Por enquanto, as conversas estão neste estágio. Emissários do Shakhtar ficaram de responder se aceitam. O empresário do jogador, César Bottega, confirma as conversas. Que não são oficiais, ainda. O Shakhtar ainda não mandou o velho e bom papel timbrado ao Olímpico. Apenas ofereceu valores por meio de Bottega.
— Conversei duas ou três vezes com os ucranianos no começo da semana. Eles apresentaram a proposta, o Grêmio colocou seus argumentos e eles ficaram de responder — revela Bottega.
A multa rescisória prevista no contrato de Douglas, claro, é impagável: € 30 milhões (R$ 76,4 milhões).
Trata-se mais de uma proteção do que o
valor real do jogador. Se vier proposta oficial nos termos oferecidos pelos ucranianos, o Grêmio pode encaminhar o negócio.
Sem liquidez e tendo que comprometer parte do dinheiro da venda de jogadores para o condomínio de devedores, o clube precisa de um bom negócio para vitaminar o caixa, garantir a largada de 2010 e até ajudar nas contratações. O último jogador que se transferiu para o Exterior foi o volante Rafael Carioca, no fim do ano passado. Ele está no Spartak, de Moscou.
— Temos necessidade de buscar receita, mas não vamos doar ninguém. Se a proposta não for razoável, vamos seguir trabalhando com investidores. Não dá para criar falsas expectativas de negócio. E, no caso do Douglas, ele tem tudo para fazer um ótimo primeiro semestre e valer muito mais ali adiante — afirma o diretor de futebol Luiz Onofre Meira.
Réver fica
Se Douglas pode sair, a venda do zagueiro Réver parece mesmo adiada. O
próprio empresário do jogador, Fábio Melo, está descrente de o
negócio sair. A Lazio não aceitou pagar os 5 milhões de euros (R$ 12,7 milhões) à vista, mantendo-se irredutível no parcelamento. E isto o Grêmio não aceita. Mesmo se forem apresentadas garantias bancárias, ainda assim os dirigentes temem calote.
O caso do Inter, que cedeu o goleiro Renan para o Valencia, da Espanha, e passou quase um ano sem receber nada até renegociar a dívida dos espanhóis, é lembrado a todo instante no Olímpico.
— Eu considero o caso Réver encerrado. Só se houver algo muito diferente nos próximos dias, o que não acredito — diz Meira.
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