O presidente do Conselho Deliberativo do Figueirense, Nestor Lodetti, esteve no programa Debate Diário da rádio CBN nesta quinta-feira, dia 3, para explicar os motivos da proposta de novo modelo de gestão da Figueirense Participações ter sido recusada. Segundo o dirigente, caso aceito, o novo formato deixaria o clube alvinegro praticamente sem poder administrativo algum:

— A proposta não era interessante para o Figueirense, nós temos uma parceria hoje muito abrangente. E a proposta aumenta essa abrangência, ou seja: ela tira do Figueirense toda a administralção do clube, isso é o mais preocupante. Você traz gestores externos para Florianópolis para administrar o Figueirense: adminstrativo, financeiro e futebol. Isso causou um impacto muito grande — explicou Lodetti.

Outro fator que impediu o acordo foi que a Figueirense Particações almeja ter controle absoluto na negociação de atletas:

— O estatuto do Figueirense prevê que os jogadores da divisão de base só podem ser negociados com autorização expressa do Conselho Deliberativo. Pela proposta, diz que a Figueirense Participações tem ampla liberdade para vender e comercializar qualquer jogador (profissional ou da base), sem dar explicação para quem quer que seja.

Apesar das discordâncias e da possibilidade de rescisão de contrato entre empresa e clube, Lodetti afirmou que o Conselho ainda pretende chegar a um acordo, através de uma contra-proposta que ainda será formulada:

— O Conselho pode dizer assim: não aceitamos, e aceitamos a rescisão do contrato. Isso é possível, mas não é isso que o Conselho quer. Queremos a continuidade da Figueirense Participações, dentro de novas condições. Se mantém os ônus da empresa, mas evidentemente os resultados terão que ser modificados. Insisto e repito: a prioridade tem que ser o time de futebol profissional do Figueirense voltar a vencer competições, e voltar para a Série A — finalizou.