| 27/11/2009 20h
Quando Silas foi cogitado como umas das alternativas para assumir Grêmio ou Inter em 2010, alguns boatos surgiram sobre o treinador. Segundo informações sem procedência, o técnico era um religioso fervoroso que realizava cultos no vestiário do Avaí e dava preferência para os jogadores evangélicos. Até cabelo comprido era reprovado pelo profissional. Porém, nesta sexta-feira, o diretor de Futebol do time catarinense, Moisés Cândido, negou todas as acusações feitas sobre Silas:
— Olha, o Silas é uma pessoa muito especial. Foi um grande jogador. O comportamento profissional dele é excelente. Ele consegue assimilar bem a administração dos jogadores de futebol. A convivência dele com os jogadores é muito boa. Sabe trabalhar o jogador, sabe motivar o jogador — disse.
Cândido afirmou que seria praticamente impossível conseguir os resultados que o Avaí conquistou com um treinador que não saiba como separar o direito dos jogadores:
— Normalmente nos nossos
clubes de futebol temos 20% de
evangélicos e 80% de católicos e outras religiões. Você acha que um treinador que mistura as coisas, que não tenha competência para diferenciar o direito de cada um, teria levado o Avaí para a primeira divisão com quatro rodadas de antecipação? Teria vencido o Campeonato Catarinense e feito essa brilhante campanha no Brasileirão? Acho que isso é uma injustiça muito grande que se faz com o ser humano.
O diretor de futebol também revelou os bastidores do vestiário que Silas comandava em Santa Catarina. E disse que era igual aos dos outros clubes brasileiros:
— Nosso vestiário, como em todos os vestiários do futebol brasileiro, tem Nossa Senhora Aparecida. O pessoal reza antes do jogo. Como todos os times de futebol, se reza sempre um Pai Nosso e uma Ave Maria para cada jogo. Eu nunca vi o Silas interferir na vida religiosa de alguém. Acho isso uma grande injustiça com ele — concluiu.
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