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 | 22/11/2009 22h58min

Rospide muda discurso e admite vontade de ser efetivado

Técnico interino cogita até sair do Grêmio, dependendo da opção do clube

Diferentemente da maioria dos técnicos interinos, Marcelo Rospide sempre chamou atenção por dizer que não pensava em ser efetivado no comando do Grêmio. Quando assumiu pela segunda vez, manteve o discurso do início do ano. Agora, porém, começa a admitir que quer ser mantido no cargo para 2010.



Em entrevista ao programa Bate Bola, na noite deste domingo, Rospide cogitou até sair do Grêmio dependendo da opção do clube por um outro técnico.

— Naquele primeiro momento já se tinha a contratação do Autuori, a perspectiva era outra. Agora, com a confirmação pública do trabalho, porque não sou eu que estou falando a meu respeito, são os resultados que mostram que o trabalho tem sido adequado, talvez tenha chegado o momento de pensar diferente e analisar qual vai ser a decisão do Grêmio. A partir daí podemos tomar um rumo até diferente do Estádio Olímpico.



Demonstrando muita confiança, Rospide faz a defesa do seu trabalho:

— Conseguimos mobilizar o grupo nestas rodadas finais. Claro que antes do jogo em Belo Horizonte pensávamos ainda que teríamos chances de chegar à Libertadores, e pela matemática isso correspondia à realidade. Com o empate, essa perspectiva acabou não existindo mais. Nos restava terminar a competição de forma digna, e isso significava buscar as vitórias.

Questionado sobre a aparente preferência do clube por Adilson Batista, Rospide diz que tem que ver quais perspectivas teria no Grêmio. Quando Autuori chegou, por exemplo, ele deixou de ser auxiliar direto e mudou de função, recebendo, entre outras, a incumbência de dirigir o time B que disputou a Copa Arthur Dallegrave.

— Independente disto, eu tenho que ver qual é a ideia do clube em relação ao meu trabalho, porque a maioria dos treinadores que vêm trazem seus auxiliares. Comecei esta carreira há 15 anos. Fui atleta amador, depois saí do futebol, andei estudando filosofia, fiz brevê de piloto privado, e voltei. Desde o início, sempre pensei em chegar ao topo máximo, que é ser treinador de futebol. A pressão em um clube grande é sempre forte, mesmo nas categorias de base, e sempre o que me manteve foram os resultados que conquistei. Não tenho nenhuma aflição de dirigir o Grêmio e não teria a menor aflição de assumir qualquer responsabilidade fora do clube — afirma.

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