Partiu do presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, 50 anos, a primeira provocação para jogo de domingo contra o Inter: – Vamos entupir o Mineirão e passar por cima do Internacional.

C om a declaração, Kalil tratou de mobilizar a torcida. Quase 30 mil ingressos já foram vendidos para o Mineirão. Cerca de 60 mil atleticanos enfrentarão o Inter.

Kalil fez mais: antecipou o anúncio de um novo patrocinador para 2010 – não divulgou o nome, mas promete aporte financeiro três vezes maior para o futebol. Com ele, o Atlético-MG, enfim, passou a fazer uma campanha sólida em muitos anos.

– O clima na cidade ainda é de decepção, pois o Atlético-MG parece perder o fôlego na hora decisiva – disse o comentarista do Sportv em Minas Gerais, Bob Faria.

Segundo ele, a torcida está dividida entre a esperança e a desconfiança, pois a tabela é difícil – contra Inter, Palmeiras e Corinthians:

– O que conforta os atleticanos é que o time não perdeu duas seguidas no Mineirão neste campeonato. E já caiu diante do Flamengo.

Celso Roth é outra peça da autoestima local. Contratado no começo do campeonato – após ser demitido pelo Grêmio –, o técnico transformou o time em candidato ao título. Chegou a liderar o Brasileirão, embora o projeto fosse montar equipe para a temporada 2010.

Agora, porém, a torcida exige a Libertadores. Roth não terá o zagueiro Benitez, expulso contra o Coritiba. Todos os treinos da semana deverão ser fechados, no CT do Galo, na cidade de Vespasiano – Região Metropolitana de Belo Horizonte. Celso Roth perdeu todos os quatro jogos contra o Inter na temporada (três pelo Grêmio e um pelo Atlético).

O Inter embarcará sexta-feira para Belo Horizonte. Ficará hospedado no hotel Ouro Minas e, embora não acredite em foguetório nas madrugadas de sábado e de domingo, tentará ocupar andares mais altos do cinco estrelas. Recentemente, o Flamengo sofreu com o foguetório dos atleticanos.

O Atlético acabou perdendo.