| 12/11/2009 04h47min
O desejo de Adilson Batista de ficar mais próximo de sua família é um dos trunfos da direção do Grêmio para contratá-lo como substituto de Paulo Autuori. O problema é o treinador ser liberado pelo presidente do Cruzeiro Zezé Perrela, seu amigo desde os tempos de jogador. Assim, Silas, do Avaí, segue como forte alternativa.
Amulher e as duas filhas do técnico do Cruzeiro moram em Curitiba, cidade localizada a menos de uma hora de voo de Porto Alegre. Hoje, ele só consegue
vê-las a cada 15 dias, prazo
que, estando em Porto Alegre, poderá ser reduzido.
Por essa mesma razão familiar, Adilson não se entusiasma com a ideia de atuar em clubes do Japão ou Catar, dos quais também tem proposta de trabalho.
Em nota oficial no site do Cruzeiro, o treinador negou ter tido qualquer contato com o Grêmio ou clubes japoneses. Assegurou que sua única preocupação, no momento, é classificar seu time para a Libertadores.
– É óbvio que nenhum contato será mantido com Adilson antes do jogo contra o Cruzeiro. Não seria ético – observa um conselheiro.
Caso seja contratado, o salário de Adilson, que passou pelo Grêmio em 2003 e 2004, ficará entre R$ 200 e R$ 250 mil, valor não muito diferente do que era pago a Paulo Autuori.
Por enquanto, há absoluto mistério sobre o treinador. A única pista é de que se trata de um profissional experiente. Não é exatamente o caso de Silas. Nem de Dorival Jr, do Vasco, também cogitado. A amigos, o
diretor de futebol Luiz Onofre Meira confidencia que o foco,
neste momento, está voltado a apenas um profissional.
– Já temos em mente o nome pretendido. Certamente poderemos anunciá-lo dia 6 de dezembro (data da última rodada do Brasileirão) – anima-se o dirigente.
Meira voltou ontem a fazer fortes elogios a Silas, técnico do Avaí.
– É um treinador em crescimento. Tem-se revelado uma liderança dentro de um clube em quem não se apostava muito. Ele tem qualidade – destacou.
O fato de escalar seu time no esquema 3-5-2 depõe contra Silas. Meira impõe que o substituto de Autuori terá que adotar o 4-4-2. O dirigente reconhece que foi um erro alterar o modelo tático do 3-5-2 para o 4-4-2 em meio à Libertadores. Agora, assegura, não haverá uma outra guinada.
Ele não tem preocupações quanto à exigência de um técnico com a cara do Grêmio. Cita Evaristo de Macedo e Telê Santana como treinadores que venceram no clube mesmo sem apresentar as características
gaúchas.
– O que ganha é a qualidade. Alguns aqui sofrem de Aflitite, como se a
vitória na Batalha dos Aflitos tivesse sido obtida na força. Quem ganhou foi a qualidade de Anderson. Teremos um time qualificado em 2010 – promete.
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