A conquista de uma vaga na Libertadores não seria benéfica apenas para a autoestima da torcida. Também as finanças do Grêmio saem fortalecidas caso o time chegue ao G-4. A projeção é de um faturamento extra em torno de R$ 20 milhões ao longo de 2010. O futuro financeiro do clube passa, portanto, pelo jogo de hoje, no Olímpico, contra o Avaí.

Somados os direitos de transmissão por TV, publicidade estática (painéis) e prêmio pelo título, o campeão da Libertadores receberá R$ 3,46 milhões. Esse valor representa apenas metade do faturamento. Itens como renda dos jogos, movimentação do Quadro Social e venda de produtos licenciados representam cerca de R$ 5 milhões.

– A Libertadores tem um apelo muito forte em todos os sentidos – afirma o gerente-executivo financeiro, Mauro Rosito.

O título também abre outra apetitosa perspectiva financeira. O clube campeão dispõe de seis meses para desenvolver ações de marketing relacionados à disputa do Mundial Interclubes, nos Emirados Árabes. Rosito projeta pelo menos R$ 10 milhões entre essas ações e o título.

Caso não se classifique para a Libertadores, o Grêmio fechará seu calendário com a Copa do Brasil e a Sul-Americana. Competições de premiação bem mais modestas. Sobretudo a Sul-Americana, que a direção define como prêmio de consolação.

Alheio às contas, o meia Souza ressalta a necessidade de vitória. Segundo ele, a consequência de duas derrotas consecutivas será desastrosa.

– Temos que dar uma arrancada, não adianta ficar remoendo o que passou. Se o Grêmio perder o jogo, a crise se aloja aqui – afirma.

O time terá a volta de Tcheco e Maxi López, que cumpriram suspensão no Gre-Nal.