O Inter já está treinando no CT do Palmeiras, na Barra Funda, na capital paulista. Depois de gravar imagens iniciais do trabalho, a imprensa foi convidada a se retirar. O São Paulo, adversário de amanhã no Morumbi, está treinando a menos de 100 metros do local, separado apenas por um muro e densa vegetação.

Basta chegar perto do muro para olhar entre os buracos da densa vegetação que cobre a divisão e logo vem o recado do segurança do Palmeiras:

— Olha rápido. Quando eles percebem que tem alguém olhando em seguida aparece um segurança no portão — afirmou um funcionário do Palmeiras.

Na parte aberta, os goleiros Lauro e Michel Alves se exercitaram bastante com o preparador Jorge Azevedo. Os outros jogadores fizeram um leve trabalho de movimentação, mas para aquecimento do que qualquer outro fim. O objetivo é esconder ao máximo a escalação do adversário. A dúvida é o substituto de Guiñazu, suspenso. Se for Daniel, o esquema será o 3-5-2. Se for Glaydson, permanece o 4-4-2, com Bolívar indo para a lateral-direita. No São Paulo, a dúvida é Richarlyson ou o argentino Adrian Gonzalez, que sentiu-se mal no treino de segunda-feira e desmaiou.

O clima de mistério vem dos dois lados: treino fechado lá e cá. O técnico Ricardo Gomes também só liberou o trabalho para imagens acessórias dos cinegrafistas de TV. A procura pelos 53 mil ingressos colocados à venda para o jogo de amanhã é pequena. Apenas 7 mil foram vendidos, por enquanto. A direção do São Paulo acredita que a chuva que cai na capital paulista desde ontem possa prejudicar o público no estádio, estimado em 40 mil. A previsão da meteorologia para amanhã à noite, na hora da partida, é de chuva.

— Ah, mas a previsão nunca acerta aqui. Quando todo mundo pensa que vai chover, o tempo se ajeita. Tomara, né. Bola escorregadia é ruim para a gente — afirmou o goleiro Lauro, em cima da linha da goleira, durante um descanso dos chutes do preparador Jorge Azevedo.


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