O preparador de goleiros do Avaí, Marcos Cardoso, o Marcão, de 46 anos, despediu-se dos atletas, funcionários e amigos nesta terça-feira, dia 20, na Ressacada. Com mais de 17 anos de experiência na função, ele está indo para o futebol do Catar ainda nessa semana. A oportunidade surgiu através de um contato com um amigo que trabalha no Oriente Médio. Para Marcão, o Avaí é responsável por essa chance no Exterior.

— O Avaí para mim é e sempre será uma família — ressaltou.

— Aqui mostrei serviço, mas antes fui bem recebido. O clube é o grande responsável por esse caminho trilhado. Sempre pensei comigo, eu só deixo o Avaí em caso de proposta do Exterior. Ela veio, porém, em virtude da oportunidade em que o Avaí me deu para poder expor meu trabalho — disse ao site oficial do clube.

Marcão afirmou que a decisão de ir para o Oriente Médio foi tomada em conjunto com a esposa e os filhos.

— Estamos adaptados a Florianópolis, mas uma chance como esta não dá para evitar. Discutimos em família sobre a mudança de vida. Todos entenderam. No primeiro momento, irei sozinho para buscar uma melhor adaptação. Em seguida vão minha esposa e meus filhos — explicou.

Sobre a experiência fora do Brasil, o preparador acredita que será tranquila, pois já esteve a trabalho em outros países.

— Como atleta, estive na Grécia e na Espanha. Como preparados de goleiros, no Japão e Chile. Todos esses países, assim como o Catar, têm culturas diferentes. A adaptação depende da força de vontade e de um pouquinho de conhecimento do idioma.

A carreira

Marcão chegou ao Avaí em 2007. No clube, foi preparador de goleiros do Avaí B, do time feminino, além dos juniores, onde estava por último exercendo a função. A carreira como preparador de goleiros começou em 1992 no Santo André-SP.

Depois vieram seleção brasileira sub-17 do Chile, Independente de Limeira-SP, Matonense-SP, Barretos-SP, Tocantins-TO, Marcílio Dias-SC, Metropolitano-SC, Atlético de Ibirama e Avaí. Como atleta iniciou a carreira como goleiro do Saad-SP. Em seguida jogou no AEK e no Tessalônica, ambos da Grécia, Ceuta, da Espanha, e Porto Feliz-SP.