| 07/10/2009 05h47min
A partir de hoje, Grêmio e Inter, contra Atlético-PR e Náutico, começam a disputar o Gre-Nal. São três jogos até o clássico do Beira-Rio. Ambos vão topar com seus fantasmas antes do confronto direto que pode consolidar o futuro para 2010, com ou sem Libertadores.
No sistema de pontos corridos todo jogo é decisivo, mas não está errado dizer que, do ponto de vista psicológico, esta série de três partidas é a mais importante do campeonato para a Dupla Gre-Nal.
Primeiro, o Grêmio.
Imagine se o técnico Paulo Autuori consegue superar os problemas que emperram o time fora de casa e ganha do Atlético-PR na Baixada. Alguém duvida que o ambiente para enfrentar o Corinthians receberá uma dose cavalar de confiança? Mano Menezes, sem mais nada a fazer no campeonato,
habita o limbo da tabela. Vive o seu pior momento na temporada. Está mudando esquema
e escalação, tirando um atacante e colocando um jogador de meio-campo.
Há instabilidade no Parque São Jorge. Nunca é fácil enfrentar o Corinthians no Pacaembu, mas se existe um momento bom, é agora. O efeito de vergar o campeão da Copa do Brasil em São Paulo seria enorme. O Grêmio iria para o Gre-Nal, depois do Coritiba, em casa, triunfante. Este é o quadro ideal, obviamente. Se nada disso acontecer Autuori sofrerá contestações. O torcedor do Grêmio não suporta mais o desempenho quase anêmico fora de casa e exige reação. Como se vê, são três partidas fundamentais do ponto de vista psicológico.
Agora, o Inter.
O quadro é totalmente de emergência. Sobrou para o treinador, como quase sempre acontece. Mário Sérgio chegou para substituir Tite com frases de efeito. Está claro que o objetivo da direção era sacudir, mexer, provocar alguma reação suficientemente forte no vestiário para produzir algumas vitórias imediatas. O
desafio, assim como o do Grêmio, é vencer fora. O
Inter tem que mostrar para si mesmo que a saída escolhida foi a correta. Imagine se, contra Náutico e Atlético-PR, o time empatar ou perder? Como será olhar para frente, se a mudança não surtiu o efeito imediato ao qual se propôs?
Depois de um ano e quatro meses de Tite, agora haverá outra imagem à beira do gramado. A troca refaz a relação do time com os torcedores, como aconteceu no Grêmio quando Autuori veio para o lugar de Celso Roth? E os jogadores? Haverá mais empenho? Se as mudanças, mesmo diante de um adversário frágil e desfalcado de sete titulares, resultarem em três pontos, o ambiente para o jogo contra o Atlético-PR, também no Beira-Rio, será outro. Depois haverá o Fluminense, talvez já rebaixado, antes do Gre-Nal. Mas para isso acontecer o Inter terá que fazer o que não vinha fazendo, de técnico novo.
Como se vê, Inter e Grêmio enfrentarão os seus fantasmas até o Gre-Nal decisivo do dia 25. No Grêmio, o fantasma de jogar fora de casa. No
Inter, o fantasma de resolver os
seus problemas internos com a mudança de comando. Quem os exorcizará primeiro?
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