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 | 05/10/2009 00h54min

Dirigentes voltam antes de Curitiba e avaliam saída de Tite hoje

Insatisfeitos, torcedores pressionaram no aeroporto por demissão do técnico

Vitorio Piffero e Fernando Carvalho se anteciparam ao grupo de jogadores do Inter e chegaram neste domingo à noite de Curitiba, por volta de 23h30min.

Durante o voo de volta, ouviu-se do grupo de dirigentes do Inter um comentário sintomático:

— Se demitirmos, quem vamos colocar no seu lugar?

Quando chegaram ao aeroporto de Porto Alegre foram surpreendidos com uma ruidosa recepção de um grupo de 30 torcedores portando faixas de "Fora Tite". Diante da manifestação, os dirigentes se obrigaram a conversar com os torcedores, e Carvalho teria lembrado ao grupo:

— Vocês sempre confiaram em mim, não é? Isso vai ter solução.

Uma reunião hoje deve decidir o futuro do técnico Tite, talvez apenas com o objetivo de oficializar uma decisão já tomada.

Depois da derrota de 2 a 0 para o Coritiba em que o time pela primeira vez no Brasileirão deixou o G-4, o técnico Tite teria perdido a confiança da direção. Uma das ideias correntes no Beira-Rio é investir em nome capaz de dirigir um mandato-tampão até o final da temporada. Paulo César Carpegiani ou Guto Ferreira são opções. Uma outra vertente defende a contratação de um técnico com capacidade de permanecer em 2010, como Wanderley Luxemburgo, hoje no Santos.

Com tanta incerteza com relação a Tite é pouco provável que o técnico continue no cargo após a reunião de hoje.

Com a derrota no Couto Pereira, a equipe já conta quatro jogos sem vitória no Brasileirão. O time deixou o gramado desolado. São seis insucessos, se somados os fracassos diante da Universidad de Chile, na Copa Sul-Americana. O Inter parou nos 44 pontos, seguido de perto por Flamengo, 41, e Grêmio, 40 pontos.

Na sequência de maus resultados, o ataque marcou apenas três gols — o mesmo setor que até a 24ª rodada tinha o melhor ataque do Brasileirão — e a defesa sofreu nove.

Ainda em Curitiba, Vitorio Piffero e Fernando Carvalho se mostravam assustados.

— Tem se repetido: tomamos um gol e o time desanda. Não sei por que não há poder de reação. O time se abate e, em vez de ir para cima, acaba tomando mais um gol. Isto não é o Inter - cobrou publicamente o presidente Piffero.

— É inexplicável, o Inter caiu muito de produção. O time desabou, é preocupante. De cabeça quente, deprimidos, não temos o que falar. Sei o que o torcedor deseja (a saída de Tite) — esquivou-se Carvalho.

Pressionado por mais uma derrota sem reação, Tite tentou manter o equilíbrio nas respostas. Ponderou que nesta fase do campeonato fazer o primeiro gol é quase obrigação para uma vitória e admitiu que seu cargo está a perigo:

— A cultura do futebol é a do técnico ser demitido. Mas a maior cobrança é a minha mesmo.

Os jogadores chegam por volta das 11h de hoje a Porto Alegre.

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