Apesar de ocupar a segundo colocação no Campeonato Brasileiro, a média de gols sofridos na competição preocupa os jogadores do Inter. O time levou 30 em 24 jogos, média de 1,24 por partida. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o zagueiro Bolívar avisou que é preciso ficar atento com a situação:

— Antes desse jogo contra o Cruzeiro, havia jogado três jogos importantes e não havia sofrido gol. E levar três na partida seguinte fica complicado. Acredito que quando sofre gols assim, tem que ligar uma luz de alerta. No próximo jogo temos que procurar não sofrer, porque o pessoal lá da frente está marcando — afirmou Bolívar, em entrevista à Rádio Gaúcha.

Uma das explicações dos atletas para o número de gols sofridos é a característica ofensiva da equipe. Fabiano Eller comparou a campanha do Inter com a do líder Palmeiras e com a do São Paulo, terceiro colocado. E lembrou de quando jogava no Santos, que tinha o mesmo problema do Colorado:

— Se analisarem algumas equipes como o São Paulo e o Palmeiras, são times que tomam poucos gols, mas fazem poucos também. De repente, são equipes que não atacam muito. Eu vejo também pelo Santos, onde eu jogava. Era um time que conseguia fazer três gols, mas tomava dois. Eu considerava o Santos um time muito ofensivo, e acabávamos sofrendo com isso — disse Eller.

O pensamento de Eller é parecido com o do goleiro Lauro, que justificou os gols sofridos pelo “ímpeto” de atacar do time:

— É lógico que não é uma média boa. Mas isso se deve muito à característica da nossa equipe, que tem o ímpeto de atacar. E é por isso que tem o melhor ataque do Brasil — falou Lauro.