Um novo desentendimento envolvendo Tcheco e Jonas foi negado com veemência ontem pelos dois envolvidos e também pela direção. A discussão teria originado de uma cobrança feita no vestiário pelo meia ao atacante, após o empate em 1 a 1 contra o Vitória, no sábado. Tcheco reclamou por não ter recebido um passe, quando se encontrava em condições de marcar o gol que daria a vitória.

Apartida já estava no período de acréscimos. Aos 47 minutos, Jonas, que havia marcado o gol de empate pouco antes, investiu pelo lado direito da área do Vitória, cortou um marcador e, com o pé esquerdo, chutou por cima da trave de Viáfara.

Desconsolado, Jonas ajoelhou-se na grama, com as mãos na cabeça. Tcheco, que se encontrava próximo, correu para erguê-lo. O gesto, que Tcheco garante ser de consolo, é seguido de um leve empurrão. Herrera, enquanto isso, saiu para o outro lado, esbravejando.

– Não houve cobrança. Qualquer um teria chutado aquela bola. Ele se ajoelhou e fui levantá-lo. Não tenho o direito de cobrá-lo. A bola não entrou por capricho – relata Tcheco.

Segundo o meia, o técnico Paulo Autuori proíbe os jogadores de discutir situações de jogo no vestiário, ainda sob a emoção dos fatos. A determinação vigora desde a troca de farpas entre Tcheco e Souza após a derrota para o Barueri. Naquele dia, em entrevistas, Tcheco teria exigido do time uma postura aguerrida. Souza não gostou da cobrança pública. E pediu que ele falasse “cara a cara”.

No jogo contra o Vitória, no primeiro turno, Souza também não gostou de uma entrevista em que Maxi López reclamou da colocação pouco ofensiva fora de casa. Para o meia, teria faltado ética ao centroavante.

Jonas também desmente a discussão. O goleador do Grêmio no Brasileirão assegura ter boa relação com o capitão do time.

No entanto, uma fonte ouvida por Zero Hora relata que o atacante queixou-se a amigos da abordagem sofrida no vestiário.

Para a diretoria, trata-se de uma informação sem fundamento.

– São os aspones de sempre que ficam falando essas coisas. O vestiário está tranquilo. Não houve nada que mereça um registro – garante o diretor de futebol Luiz Onofre Meira.