| 24/08/2009 18h06min
A Casual Auditores Independentes, empresa de auditoria com sede em São Paulo, acaba de publicar o seu mais recente estudo anual sobre a situação financeira dos clubes brasileiros. O trabalho foi realizado a partir de um minucioso estudo sobre os balanços publicados pelos 21 principais times do país referentes ao exercício de 2008. Dois resultados são especialmente interessantes para o futebol gaúcho.
O primeiro deles já era conhecido. O Inter se aproximou do São Paulo, campeão absoluto nas quatro edições anteriores, na disputa pelo posto de maior receita.
Em 2007, a diferença era de R$ 45 milhões. Agora, baixou para R$ 18 milhões. Os números do Morumbi: R$ 160.575. Os números do Beira-Rio: R$ 142.168.
Em relação ao ano
passado, apenas Inter e São Paulo mantiveram suas posições. Daí para baixo, houve
troca-troca intenso. O Palmeiras era 6º e agora é 3º. O Flamengo passou de 5º para 4º. O Corinthians caiu do 3º para o 5º lugar. O Grêmio, que em 2007 aparecia em 4º, perdeu duas posições e aparece em 6º no estudo referente a 2008 (R$ 99 mihões).
Mas há um aspecto particularmente interessante para o futebol gaúcho. No quesito "receita operacional", a novidade do estudo nesta quinta edição, a Casual analisou como seriam as receitas tomando por base apenas o departamento de futebol de cada um dos clubes.
Pois não é que Inter e Grêmio lideram a lista, praticamente empatados? O Inter é o primeiro colocado, com R$ 24.307. O Grêmio aparece em 2º, com R$ 22.311. A diferença é de pouco menos de R$ 2 milhões.
Portanto, no ranking por resultado operacional do departamento de futebol (o nome é pomposo) a Dupla Gre-Nal vence não apenas o trio de ferro paulista (São Paulo, Palmeiras e Corinthians), que opera em um mercado muito mais
rico que o gaúcho, como deixa para trás cariocas
e mineiros. Não deixa de ser um elogio para a gestão de futebol, ao menos do ponto de vista financeiro, de Inter e Grêmio.
— Esta análise apenas do departamento de futebol é a prova cabal que o futebol, em sim, é rentável. A administração de outros setores dos clubes é que dá prejuízo. O grande desafio é trabalhar outras receitas de forma relacionada, como patrocínio e quadro social, para depender cada vez menos da venda de jogadores. E neste aspecto Inter e Grêmio estão crescendo cada vez mais. Aos poucos e com solidez — afirma Amir Somoggi, um dos responsáveis pelo estudo.
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