| 19/08/2009 14h30min
Lucas Uebel, Vipcomm
Tudo bem que o Corinthians está desfalcado, e bastante. Além do lateral-esquerdo André Santos e do volante Cristian, que se foram para o Fenerbahce, da Turquia, não jogam os zagueiros William e Diego, o volantes Edu e Boquita, o goleiro Felipe e, claro, Ronaldo Fenômeno.
Digamos que o Corinthians enfrentará o Inter como o Inter enfrentou o Corinthians no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, quando as ausências de Nilmar,
Kleber e Bolívar se revelaram decisivas. Mas nada disso é relevante neste momento, até porque o Inter também tem desfalques: D'Alessandro, Taison, Índio,
Kleber. Sem falar no atacante Edu, que hoje estaria em campo se tivesse condições físicas.
Mas o importante para o Inter é o fato de tratar-se do primeiro grande adversário a ser enfrentado depois de quatro vitórias seguidas (Barueri, Copa Suruga, Sport e Santo André).
A rigor, hoje teremos uma noção melhor da retomada do Inter no Campeonato Brasileiro. Não que os nove pontos em três jogos contra times ruins não sejam indicativo de algo positivo. São, até por que antes o Inter amargou derrotas para Botafogo e Atlético-PR quando ambos namoravam a zona do rebaixamento. Portanto, voltar a vencer foi importante depois do fim do sonho da Copa do Brasil e da Recopa.
Só que não há como negar: passar pelo Corinthians emprestará grife a esta retomada.
O Corinthians é comandado por um grande técnico, reconhecido justamente por fazer render times improváveis. Mano tira
leite de pedra. É um chavão interessante, pois tirar leite de pedra é
impossível. Então, se Mano torna possível o impossível, pode muito bem armar uma equipe eficiente com muitos reservas. Por isso será um jogo difícil.
No caso do Inter, além de se manter no G-4 e de se aproximar da liderança, caso vença os dois jogos atrasados (contra Atlético-MG e Santos), a noite vale para confirmar algumas agradáveis surpresas da sequência de vitórias. Duas, basicamente:
1) A zaga. Desde que Bolívar foi devolvido ao miolo da área ao lado de Sorondo o time parou de levar gols: 3 a 0 no Sport e 2 a 0 no Santo André. Detalhe: com o novo companheiro de área, o uruguaio cresceu de rendimento, graças a divisão mais justa das tarefas defensivas.
2) Giuliano (foto). Ao conseguir marcar e chegar à frente com mais intensidade do que Magrão, o destaque da seleção brasileira sub-20 deu nova dinâmica ao losango de meio-campo de Tite. Foi como se uma única peça, devidamente
lubrificada e nova em folha, fizesse a engrenagem toda dar sinais de
recuperação.
Para terminar, um alerta. O Inter deve ficar de olho no seu ponto fraco: as subidas sem volta de Danilo Silva e Marcelo Cordeiro. Eles estavam lá, no Pacaembu. E o título começou a ficar mais longe às costas de ambos. Em resumo: para se consolidar como postulante definitivo ao título 30 anos depois da façanha invicta de 1979, o novo Inter de Tite terá de passar pelo teste desta noite. E tem tudo para isso.
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