| 19/08/2009 07h10min
Uma delegação gaúcha estará no Rio de Janeiro nesta quinta-feira para tratar dos interesses da Capital para a Copa de 2014. Será realizado na CBF o segundo seminário de cidades-sede, com representantes da Fifa. Mas a comitiva de Porto Alegre estará presente também em outra frente. O secretário extraordinário da Copa e vice-prefeito, José Fortunati, estará em Copacabana para participar da 55ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Na ocasião, vai conclamar seus colegas a pressionarem o governo federal.
— O meu desejo é mobilizar os prefeitos das 12 capitais para consegir uma audiência oficial com o presidente Lula. O governo vinha falando do PAC da Copa 2014 e, de junho para cá, o assunto esfriou. Se nós não definirmos qual vai ser a participação do governo federal, nós acabaremos criando uma falsa expectativa e poderemos não concluir as obras até 2014.
Fortunati esclarece que não está reivindicando algum valor específico para infra-estrutura, mas sim a
urgência na definição
deste valor e das isenções fiscais que serão concedidas para construção.
— A grande lição que tomei na África do Sul é que não dá para esperar. Eles demoraram um pouco a tomar algumas atitudes, e estou convencido que boa parte das obras não estará pronta até a Copa.
A delegação de Porto Alegre será recebida pela CBF na Barra da Tijuca às 15h30min, no mesmo horário da reunião dos prefeitos em Copacabana. Por isso, o representante da prefeitura será o gestor Newton Baggio. Junto com ele, estarão o vice-presidente de Patrimônio do Inter, Emídio Marques, como representante do estádio Beira-Rio, e o coordenador-geral do Comitê Executivo RS 2014, Eduardo Antonini, como representante do governo do Estado.
Nesta reunião, a CBF tratará com as cidades-sede de temas técnicos como acessibilidade e segurança. Mas também ouvirá cobranças, segundo Emídio Marques.
— Estamos preocupados com a isenção de impostos. O governo ficou de lançar um
decreto-lei isentando de impostos para material de
construção, que é a única vantagem que nós teríamos. O Inter não terá verba do governo, apenas isenção de impostos. A finalidade da minha ida é saber em que pé está isso. O Beira-Rio está em obras constantemente. Vou levar um cronograma do andamento das obras. Só não estamos indo mais rápido porque precisamos desta isenção fiscal — diz o dirigente.
Primeira reunião de cidades-sedes com a CBF foi realizada em junho, com a participação de Vitorio Piffero, Ricardo Teixeira, Fortunati e Emídio Marques
Foto:
Divulgação, Inter
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