| 06/08/2009 06h10min
Vinicius Rebello
Há um ano atrás, senão exatamente, quase isso, no dia 17 de agosto de 2008, o Grêmio vencia o São Paulo por 1 a 0 no Olímpico, gol de Perea, e abria 11
pontos de vantagem sobre o rival, que parecia liquidado na abertura do returno. Hoje, às 21h, o paulista é outro. É o Palmeiras.
Igualmente concorrente ao título.
No ano passado, em casa, o Grêmio jogava para se distanciar na ponta da tabela, de olho em um título que parecia inevitável aos olhos do país. Só que os gremistas, na sua bronca eterna com Roth, desconfiavam. E tinham razão. Roth deixou escapar os 11 pontos de vantagem para o São Paulo, que terminou a 38º rodada com dois à frente e ficou com o título.
Hoje, curiosamente, mesmo distante 10 pontos do líder Palmeiras — que podem virar 13 em caso de derrota — e prestes a enfrentá-lo na casa do inimigo, percebe-se crença no futuro do Grêmio. É o efeito Autuori (foto).
Nem o discurso da pegada, algo dogmático no Olímpico desde sempre, segue como regra. O time montado pelo novo treinador faz poucas faltas. E faltas, queiram ou não, está relacionado com a pegada desmedida sempre cultuada nas imediações da Azenha. Nada a ver com violência, vale lembrar. Mas quem marca com mais
força, graças a um contato físico
maior, acaba cometendo faltas.
É o novo jeito de jogar implantado por Autuori. Que, mesmo com seis derrotas em sete jogos fora de casa no Brasileirão, vai ganhando o respeito do torcedor. E também mudando conceitos no Olímpico.
Então, o Grêmio de Roth, há um ano, somava 11 pontos de distância sobre o São Paulo. E, mesmo assim, naquele 17 de agosto, o sonho era menos intenso do que hoje, 10 pontos atrás do Palmeiras.
Os gremistas acreditam, e muito, em Maxi López. Fizeram as pazes por inteiro com Tcheco. Deixaram de contestar Souza. Ao contrário: o adotaram como craque do time. Renovam esperança no talento de Douglas Costa. E se ele desabrochar, como atacante de ofício ou meia chegando de trás, imaginam, tudo pode mudar.
Não tiro a razão dos gremistas. Se o Grêmio ganhar hoje no Parque Antártica será objeto de muito mais entusiasmo do que foi há um ano.
Lá, parecia que não ia dar, mesmo que tudo aparentasse o contrário.
Hoje, é o inverso: apesar de a classificação não ser confortável em termos de luta pelo título, tudo parece possível, quase questão de tempo.
É o efeito Autuori.
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