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 | 26/07/2009 05h10min

Direção do Grêmio precisa ajudar Autuori

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

 Daniel Marenco










O Grêmio fez 3 a 2 no Santo André. Ganhou o Gre-Nal, depois tropeçou no Avaí, mas desde ontem pode ser orgulhar de seguir em ascensão rumo ao G-4 do Campeonato Brasileiro. Recuperado do fiasco no Gauchão e da eliminação na Libertadores, já é o sexto colocado. Falta pouco, portanto, para habitar a zona nobre da tabela.

Mas percebo uma autosuficiência perigosa nos dirigentes, tanto do presidente Duda Kroeff quanto do vice de futebol Luiz Onofre Meira.

Falo de contratações. Pelos que ouvi deles ontem, são cada vez menores as chances de o técnico Paulo Autuori ganhar reforços. 

A direção não pode entrar na onda de entusiasmo da torcida com a ascensão de rendimento do time e deixar de enxergar lá adiante. O Brasileirão é longo. Quando Souza (foto) está fora ou não tem atuações exuberantes como a de ontem, a equipe sente demais. Vira um time comum. Foi assim contra o Avaí. Diante de Goiás e Coritiba, ele não jogou. E o time empatou no Olímpico e perdeu no Couto Pereira.

O esforçado Herrera é mesmo o parceiro ideal de Maxi López? Não, não é.

Ontem, ao final do jogo, alguns torcedores ouvidos pela Radio Gaúcha o criticaram. A rigor, a dupla de ataque do Grêmio é composta de um só, o argentino. Pouco para um clube como o Grêmio, que entra nos campeonatos para ser campeão de verdade, e não apenas chegar perto de colocar a mão na taça.

E Mário Fernandes, o guri de 18 anos? É zagueiro, bom zagueiro, talvez até ótimo, mas está improvisado na lateral-direita.

Se o Grêmio tivesse ali um lateral de ofício, como tem Fábio Santos do outro lado, ganharia mais equilíbrio e força. Quando montou times campeões — eu disse "campeões", não de boa campanha, apenas — sempre teve um ótimo lateral-direito. Paulo Roberto, nos anos 80. Este valeria dezenas de milhões de euros se jogasse hoje. Ou o paraguaio Arce, nos 90. Maxi López, um cabeceador, iria adorar receber cruzamentos pelos dois lados.

O certo é que o Grêmio não pode achar que, assim como está, é suficiente.
Se quiser disputar o título, a direção precisa dar uma força para Paulo Autuori.


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