O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu, na tarde desta sexta-feira, Atlético-PR e Coritiba pela troca de bombas entre as duas torcidas no clássico do último domingo, na Arena da Baixada.

O árbitro da partida, Wilson Luiz Seneme, relatou a confusão na súmula e os dois clubes foram denunciados no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por "não prevenir e reprimir o lançamento de objeto no campo ou local da disputa do evento desportivo".

Por unanimidade dos votos, o Furacão perdeu o mando de campo de um jogo, além de uma multa de R$ 20 mil. Porém, a pena não precisará ser cumprida no confronto com o Avaí, que acontece nesse sábado, às 18h30, devido ao Estatuto do Torcedor, uma vez que o prazo para uma eventual mudança é de 72 horas.

— Era um julgamento extremamente difícil. Estávamos preparados para uma multa mais branda e fizemos o possível e o impossível para tentar amenizar essa situação. O fato era muito grave e precisaria ser dada uma resposta, para servir de exemplo. Em um primeiro momento, o STJD foi correto — explicou o advogado do Furacão, Domingos Moro, em entrevista à rádio Transamérica, de Curitiba.

Já o Coritiba também perdeu o mando de campo de uma partida, mais uma multa de R$ 10 mil. A partir do dia que o Tribunal informar à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) do resultado do julgamento, a entidade tem cinco dias úteis para oficializar o cumprimento da perda do mando de campo. Com isso, o Coxa poderá jogar normalmente no Couto Pereira, diante da sua torcida no duelo com o Botafogo, nesta quarta-feira.

As duas penas são passíveis de apelação e Moro já adiantou que o Atlético Paranaense irá recorrer. Caso os clubes não consigam inverter a situação, as punições devem ser cumpridas com as partidas sendo disputadas a 100km do estádio da equipe, sem os portões fechados.