| 21/07/2009 05h20min
Reprodução
As notícias dão conta de que Nilmar está sendo vendido para o Wolfsburg, da Alemanha, por 15,5 milhões de euros, algo em torno de R$ 42,1 milhões.
O Inter, que detém 70% dos direitos econômico, receberá 10 milhões de euros (R$ 27,2 milhões).
O investidor e mecenas Delcyr Sonda engordará sua conta bancária em 3 milhões (R$ 8,1 milhões).
Orlando da Hora, representante do atacante, ficará com 2,5 milhões (R$
6,8 milhões).
Quem confirmou a oferta e a negociação foi o técnico do campeão da Alemanha, Armin Veh, que deu entrevista na Alemanha e entregou tudo para o jornal Bild (a
cima, o site do jornal).
Trata-se de uma notícia terrível para o Inter. Perder o seu grande craque justamente no pior momento do time soa como filme repetido dos anos anteriores, quando negócios no meio do ano tiraram a equipe do caminho do título.
Se o Inter estivesse nos trilhos, as chances de assimilar a perda seriam até razoáveis. Os torcedores já compreendem que não há como sustentar um clube brasileiro sem a venda de um bom jogador por ano, mesmo que a receita dos 100 mil sócios tenha diminuído esta triste dependência.
No caso específico do Wolfsburg, há ainda o fato de ser um ótimo negócio também para Nilmar, que disputaria Liga dos Campeões faltando menos de um ano da Copa do Mundo. Não dá para condenar dirigentes e muito menos o jogador, que se pagou em campo marcando gols decisivos nas campanhas dos títulos da Sul-Americana, da Copa Dubai e do
Gauchão.
O problema é que só Nilmar tem se salvado no Inter. Quando ele foi para
a Seleção o time rolou ladeira abaixo. Daí o pavor justificado dos torcedores.
No ano passado, quando o Palermo ofereceu 15 milhões de euros, o Inter bancou a indenização prevista em contrato, da ordem de 2 milhões de euros, e manteve sua jóia rara. Um lance ousado e digno de aplausos do presidente Vitorio Piffero. Nilmar voltou ao Inter em setembro de 2007. Está há quase dois anos no Beira-Rio. Para um jogador do seu nível de excelência, é um milagre ter ficado tanto tempo no Brasil.
A se confirmar a venda, com o cofre abarrotado da venda para o Wolfsburg, Piffero e o vice de futebol Fernando Carvalho terão que contratar rápido para reduzir o estrago.
Por que não há como negar: para o Inter, perder Nilmar neste momento de crise é ficar órfão de pai e mãe.
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