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 | 04/07/2009 06h06min

Inter sofreu 11 gols nos últimos dois meses

Setor defensivo até então chamado de paredão foi comprometedor

As falhas cometidas no empate em 2 a 2 com o Corinthians, que custaram ao time a perda do título da Copa Brasil, revelam uma fragilidade defensiva incomum ao Inter de 2009. Em junho e julho, o desempenho do setor até então chamado de paredão foi comprometedor. E ajuda a explicar o período de instabilidade de uma equipe que recentemente era considerada a melhor do país.

Nos primeiros cinco meses do ano, o Inter havia sofrido 19 gols. Nos dois últimos, já foram 11. Ainda assim, o time conta com a melhor defesa do Brasileirão, com apenas quatro gols sofridos.

Os zagueiros não admitem ser responsabilizados pelos últimos fracassos. Bolívar, que atua improvisado como lateral-direito desde o ano passado, considera injusto que o sucesso seja atribuído a todo o time, enquanto o fracasso é apontado como responsabilidade exclusiva de um setor.

– Não é só a defesa que leva gols. É a equipe inteira. A marcação começa lá na frente. É preciso dividir a responsabilidade – reage.

Para o auxiliar técnico Cléber Xavier, é preciso que se examine as circunstâncias vividas pelo sistema defensivo a partir do mês de junho. Como o time envolveu-se em muitos jogos decisivos, foi preciso preservar titulares, caso de Índio. Isso fez com que a dupla de zaga sofresse constantes variações. O uruguaio Sorondo, por exemplo, atuou duas vezes.

–Tivemos muitas formações diferentes em junho. Jogaram todas as duplas possíveis – explica Xavier.

Álvaro foi primeira vítima do fracasso defensivo

Titular desde sua chegada ao clube, no ano passado, e também reconhecido como liderança do grupo, o zagueiro Álvaro foi a primeira vítima do fracasso coletivo da defesa. Na partida contra a LDU, pela Recopa Sul-Americana, perdeu a posição para Danny Morais. Uma situação que ele diz aceitar sem queixas.

– Defesa boa é a que não toma gols. Mas quem está aqui não ficou ruim da noite para o dia. O importante é ter estrutura para buscar a recuperação – diz.

– A defesa se fragilizou porque o conjunto foi muito alterado. Ela faz parte de todo um processo, a crítica não pode ser localizada – simplifica o técnico Tite.

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