Se a torcida do Cruzeiro já dá como certa a presença do time na final da Copa Libertadores, o mesmo não se pode dizer da imprensa mineira. Segundo o jornalista Ivan Drummond, do Estado de Minas, a expectativa geral é de que Grêmio e Cruzeiro façam dois confrontos muito parelhos.

O jornalista mineiro vê mais semelhanças do que diferenças nas equipes comandadas por Paulo Autuori e Adílson Batista. Apesar da opinião generalizada de que a equipe mineira é mais técnica, Drummond acha que os dois times baseiam seu jogo na defesa.

– Pelo esquema de jogo das duas equipes, a gente pode esperar um confronto equilibrado. São duas equipes que jogam excessivamente defensivas. Não tem favoritismo, são dois grandes times. Quem conseguir fazer o maior número de gols em casa, leva – opina.

O jornalista acredita que o Cruzeiro tem uma pequena vantagem pelo fato de o Grêmio “só ter enfrentado adversários fracos nessa Libertadores” e aponta o Mineirão como possível diferencial. Ele sabe que o retrospecto do time gaúcho em Belo Horizonte não é dos melhores e diz que a imensidão do Gigante da Pampulha costuma confundir os adversários.

– A torcida e a dimensão do campo fazem a diferença. Não só o tamanho do gramado em si, mas também a imensidão do estádio. É um estádio grandíssimo e acho que isso tira o ponto de referência de quem não é daqui. Os jogadores adversários ficam meio perdidos dentro de campo – argumenta.

Por outro lado, Drummond diz que o Grêmio pode aproveitar o desfalque de Ramires no primeiro jogo. Embora o goleiro Victor também esteja disputando a Copa das Confederações com a Seleção Brasileira e desfalque o Grêmio, o volante é o “motorzinho” do Cruzeiro e fará muita falta ao time mineiro.

Outra questão que deixa a torcida cruzeirense temerosa é o desfalque do meio-campista Fabrício. Ele sofreu um estiramento muscular e ficar 15 dias parado. Em Belo Horizonte, já começaram as especulações sobre quem será o substituto e se o técnico Adílson Batista pode preparar alguma outra surpresa.

– O Adílson é conhecido aqui em Belo Horizonte como Professor Pardal (personagem da Disney). Ele é o rei da invenção. Então, podemos esperar qualquer coisa. Mas acho que ele não quebra essa estrutura de meio-campo e também não mexe no Kléber. No ataque, ele pode tirar o Wellington Paulista, pois existe a expectativa da volta do Thiago Ribeiro – aposta.