| 19/06/2009 03h49min
O Grêmio até imaginava chegar perto, assim como está agora, do tri da Libertadores. O que o Grêmio não imaginava era chegar nesta condição sem saber qual a dupla de ataque titular. Maxi López tem vaga garantida. Mas, pelo que se viu ontem no Olímpico, há um debate quente no Olímpico. Já não é hora de Herrera ser efetivado no lugar de Alex Mineiro?
Na comissão técnica, a tendência é de dar mais uma chance a Alex Mineiro. Os argumentos são variados. Vêm aí jogos nos quais a experiência pode fazer diferença, e Alex Mineiro tem cancha. Este é um dos motivos para mantê-lo. Outro é a confiança do técnico. Paulo Autuori trabalhou com ele no Cruzeiro e ainda acredita que o velho goleador voltará. É a tese da convicção: se a cada gol – ou gols perdidos – Alex Mineiro for sacado do time, aí sim é que o Grêmio nunca vai ter o jogador que imaginou ter contratado como grande reforço.
– O Alex está jogando para o time. Não é bom tirá-lo agora. O próprio Maxi cresceu com a volta dele.
Desde que chegamos ao
Grêmio foram seis jogos. Na medida do possível, tentamos manter a base. Trocar a toda hora não adianta nada. O Alex ainda é o titular – afirmou Rene Weber, auxiliar e braço direito de Autuori.
Mas há o "ainda", como diz Weber. É aí que entram os dirigentes. Mas nos gabinetes do Olímpico há simpatia por Herrera. Não há pressão ou algo do gênero. Como Autuori retirou Alex Mineiro para colocar Herrera no Maracanã, contra o Fluminense, e repetiu a dose diante do Caracas, no Olímpico, o sentimento é de que, em breve, o ataque será todo argentino. Luiz Onofre Meira, assessor de futebol do Grêmio, admite: não é o ideal chegar às fases finais sem definir o ataque.
– Não é o ideal. Ainda estamos procurando o companheiro do Maxi López – admitiu Meira.
– Mas o Herrera está melhorando. Entrou bem contra o Fluminense e o Caracas. Ele está começando a fazer aquilo que projetamos quando o trouxemos de volta.
E por que Herrera foi recontratado?
Segundo Meira, por ser um dos raros velocistas do
futebol brasileiro. Não um velocista de longas distâncias, mas para tiros curtos. Só que, para disparar, o argentino precisa de condicionamento. Algo que ele não tinha quando voltou. No Gimnasia, para onde havia retornado após não se acertar com o Corinthians, a informação era de que estava com 89 quilos, oito acima do peso. O Grêmio só admitiu seis quilos a mais.
– Agora, não – sorri Meira. – Agora ele já está chegando à linha de fundo, vencendo o marcador. Vai nos ajudar muito.
Como se vê, o Grêmio luta por vaga na final da Libertadores. E pelo companheiro de Maxi López no ataque.
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